Professor formado pela Alliance do Rio de Janeiro e hoje em Doha, no Qatar, a fera Elan Santiago nos enviou gentilmente cinco pistas de que o aluno está melhorando nos treinos. Muitas vezes, o praticante iniciante se vê em dúvida sobre seu progresso, e até toma decisões drásticas – como sair da academia ou mesmo largar o kimono. Antes de desanimar, confira as dicas de Elan, aqui no seu GRACIEMAG.com. Oss!
1. O fator físico
Você percebe que seu corpo está começando a não ficar mais tão dolorido depois dos treinos. No começo, é normal sentir dores musculares, afinal tudo é novo. E esse desconforto muscular independe da idade em que começamos. Menos dolorido é igual a mais progresso.
2. O pensamento sequencial
Você começa a entender as conexões, e percebe que uma técnica está ligada a outras numa sequência progressiva. É um dos grandes indícios de que você está aprendendo, quando você passa a deixar de olhar somente para uma única técnica isolada, e percebe o Jiu-Jitsu como uma grande teia com técnicas conectadas.
3. O amigo como termômetro
Você percebe que aqueles colegas que antes finalizavam você muitas vezes, passam a ter mais dificuldades. É a fase em que você começa a pontuar contra eles, levar mais perigo, ou até mesmo a finalizar aquele colega mais experiente que antes só escovava você no treininho.
4. Reparando erros
Você passa a entender os erros dos seus colegas, e onde e como você pode aproveitar os pontos fracos de cada um. Nessa fase você também aprende a perceber os pontos fortes de cada colega, e com isso passa a evitar cair naquela arapuca todo treino. O praticante que não cai nos mesmos erros está progredindo.
5. A questão da confiança
Você começa a se sentir confiante o suficiente para treinar com qualquer graduado. Já não bate aquele frio na espinha nem o medo de tomar um amasso – seja a cor da faixa ou o tamanho do parceiro de treino. É quando você já consegue se colocar numa condição de não ter mais medo de ninguém, e vai além: muitas vezes você se torna até o problema de um colega mais graduado, pois passa a desenvolver uma defesa do jogo forte dele. Mesmo menos experiente ou menos graduado, você começa a ganhar o respeito dos mais velhos, e os elogios começam a se tornar mais comuns. “Tá ficando duro para caramba hein, bichão!”, e coisas do tipo. É a fase sempre desejada e também perigosa em que os demais alunos começam a sugerir ao professor, naquele estilo brincalhão: “Mestrão, fulano está duro! Já dá para jogar aquela faixa no peito dele!”. Mas, quando essa indagação era sugerida ao saudoso grande mestre Carlson, a resposta vinha na bucha: “Tu agora és advogado de faixa dele?! Poderoso, hein bicho!”.