Tetracampeão mundial de Jiu-Jitsu, o “general” da Alliance Fabio Gurgel está afastado das competições desde o Europeu de 2010, quando venceu a categoria pesado adulto, em Lisboa.
Como treinador, Fabio segue em plena forma, após liderar a equipe da Águia em seu oitavo título mundial por equipes, em junho. Gurgel agora volta suas energias para os treinos sem kimono, para enfrentar Zé Mario Sperry na superluta master no ADCC 2013, na China, nos dias 18 e 19 de outubro.
O carioca radicado em São Paulo detalhou seus treinos de Jiu-Jitsu e desfilou outros ensinamentos, que podem ser úteis para o leitor neste domingo. Boa leitura.
GRACIEMAG: Quando começam seus treinos propriamente ditos para a superluta com Zé Mario?
FABIO GURGEL: Estou desde o início do ano investindo no preparo físico e técnico, mas o treinamento específico para a luta começa em poucas semanas. O evento é daqui a três meses, então a ideia é ir a Los Angeles passar novamente uma temporada com o Cobrinha. Depois, treino junto com a galera no QG da Alliance em São Paulo e, na reta final, nos reunimos todos em Nova York, com Marcelinho Garcia e companhia. Esse é o plano. Para a luta com o Zé Mario, acho que tenho no meu Jiu-Jitsu minha melhor arma. Nossa equipe hoje representa o que existe de melhor em termos de Jiu-Jitsu e evolução técnica, é com isso que vou contar. A única mudança em relação ao ADCC é que o jogo fica mais rápido e escorregadio, mas em si não muda tanto.
O Zé Mario é outro ícone da geração de vocês, e jamais houve esse duelo. Como anda a expectativa?
Estou honrado de fazer essa luta com um cara como o Zé, verdadeiro representante do Jiu-Jitsu e com uma história vencedora dentro do esporte. Ele tem todo meu respeito. Analisar previamente uma luta contra ele é difícil. O Zé é um exímio competidor e com um jogo muito sólido. A luta pode caminhar de diferentes maneiras e eu preciso estar pronto para todas elas. Espero que minha passagem de guarda venha forte e prevaleça. Mas, como disse antes, a luta pode ir para diferentes lados e todos os aspectos precisam estar treinados e prontos para cada ocasião. Gostaria que minha equipe tivesse caras parecidos com ele, pois seria mais fácil vencer os Mundiais [risos]. Mas meus alunos e companheiros de treino são excelentes, vamos tentar repetir o Sperry nos treinos. Temos uma turma boa na faixa dos 100kg, eles vão me ajudar muito.
Tirou alguma lição do Mundial 2013 da IBJJF para absorver e aplicar no ADCC?
Venho há muitos anos acompanhando não só o Mundial, e sim todos os grandes torneios, inclusive os ADCCs. É claro que sempre se aprende bastante observando o que a nova geração vem apresentando. Mas é tanta novidade que temos de selecionar as que de fato se encaixam no nosso jogo. Além de toda essa observação, há outro aspecto forte meu para usar no ADCC, na China, que é a minha motivação interna. Tenho certeza de que faremos um lutão para o pessoal.
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