Rodolfo: retorno triunfal e o caminho contra Roger

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Rodolfo contra Léo Nogueira na final do Rio Open. Foto: Gustavo Aragão

Era grande a expectativa em Rodolfo Vieira para 2010. Depois de vencer o absoluto do Mundial em 2008, na faixa-marrom, e derrotar diversos faixas-pretas para faturar o World Pro 2009, o lutador foi graduado no Galeão, aeroporto internacional do Rio de Janeiro. Ainda em 2009, venceu o Rio Open já como faixa-preta. 

Neste ano, porém, uma lesão no joelho afastou Rodolfo dos principais campeonatos. Mas, após o período inativo, o aluno do mestre Júlio Cesar se reafirmou como uma das grandes pedreiras nas competições. Será ele uma pedra no caminho de Roger Gracie? 

Você chegou a viajar para Abu Dhabi, mas não teve condições de lutar no World Pro. Como foi ficar parado esse tempo todo?   

Me machuquei, uma lesão um pouco grave no joelho. É fogo… A gente desanima para caramba e pensa que não vai lutar mais bem. Via o pessoal lutando na minha categoria e arrebentando, enquanto eu estava parado. Pensava se iria voltar a lutar como antes. As pessoas boas que estão ao nosso lado, da família e amigos, nos colocam para cima e com essa força consegui voltar em grande estilo. 

Júlio Cesar gradua Rodolfo na volta do World Pro 2009

Mas imaginava voltar tão bem? 

Me surpreendi nessa volta. Finalizei todo mundo lutando em São Paulo e cheguei no Rio Open, onde o nível é mais alto, e venci peso e absoluto. Fiquei muito feliz. 

Alguns leitores já especulam no GRACIEMAG.com a possibilidade de você vencer ou não o Roger Gracie. O que acha disso?  

Olha rapaz, esse é um assunto complicado! (risos) Quem não quer lutar com o cara e ganhar dele? O Roger é o melhor do mundo, não tenho o que falar. É só ver o que ele fez e faz. Mas é aquilo, né? Vimos aí o Werdum vencer o Fedor e acredito que é possível ganhar dele. Só não é fácil. Tem que treinar e acreditar, porque ninguém é invencível. Mas acho que ainda falta muito para mim, tenho a consciência disso. Sou fã do Jiu-Jitsu dele, ele é o cara e vou treinar muito. 

Mas qual seria o caminho para vencê-lo? 

O caminho é por cima. Por baixo, acho que até hoje ninguém conseguiu. 

Cotra Fernando Boi, na semifinal do absoluto no Rio Open. Foto: Gustavo Aragão

Luta quando novamente? 

Vou descansar, mas, semana que vem, volto a treinar para tentar levar a premiação no National Cup. Tem o Brasileiro de Equipes e a GFTeam vai com uma equipe boa no leve e no pesado faixa-preta. Também quero o Brasileiro Sem Kimono e quero lutar tudo o que vier. Estou contente por voltar a lutar. 

Você pensa em lutar MMA também? 

Penso, sim. É onde rola mais dinheiro. Mas estou com 20 anos e ainda tenho muito a conquistar no Jiu-Jitsu. Ganhei a faixa-preta há pouco mais de um ano, então tenho que afiar ainda muito mais o meu chão para não fazer feio. Daqui a uns quatro ou cinco anos, quem sabe. 

Gostaria de falar para a galera que se interessar em seminários comigo que o contato pode ser feito pelo e-mail rvieirajj@hotmail.com

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