Depois de ter sofrido a segunda derrota da carreira, no WEC 43, contra Mackens Semerzier, Wagnney Fabiano desceu de peso e ingressou com tudo na categoria de plumas (62 kg) do evento. No dia 10 de janeiro, na Califórnia, venceu por decisão unânime Clint Godfrey. Em conversa com o GRACIEMAG.com, o faixa-preta de Jiu-Jitsu da Nova União fala dos possíveis desafios pela frente, contra feras como o atual campeão Brian Bowles e a pedreira Miguel Torres, das dificuldades de perder peso e, claro, do desafio do companheiro de equipe José Aldo contra Urijah Faber. Confira:
Esta nova categoria vai trazer grandes desafios, como contra o campeão e invicto Brian Bowles e a pedreira Miguel Torres. O que espera no peso pluma?
Temos aí uma galera muito boa, o Miguel Torres e o Brian, que você citou, e uma porção de caras duros na categoria, que não são brincadeira não. Mas são eles, que já estão lá em cima, que tem que saber quem está chegando. Eles que devem se preocupar comigo, não eu com eles. Por enquanto, sou apenas mais um cara duro na categoria, que chegou do nada. Não tenho o nome deles ainda entre os plumas, mas, com certeza, já devo estar dando coceira na orelha deles. O negócio é treinar, fazer o trabalho de casa certinho para a próxima luta. Não me importo. Contra quem eles quiserem me colocar, vou brigar.
Na mesma noite que você enfrentou o Clint Godfrey, o Urijah Faber venceu e terá a chance pelo título de penas, contra o José Aldo Junior. O que acha dessa luta?
Sempre falei do Faber, um cara muito venenoso, que luta cheio de sacanagem, mas que faz tudo certinho. Ele venceu o Raphael Assunção, que é um cara muito duro, pedreira mesmo, e não conseguiu achar o Faber. Ele tem as posições muito fortes, como a guilhotina. Tem que tomar cuidado com ele, mas acho que, quando for enfrentar o Junior, não vai bater bem. Sabe por quê? Porque ele sabe que contra o Junior não vai poder ficar de sacanagem. Se ele brincar, será nocauteado. Ele vai ter que sair do jogo dele e, assim, vai se arrasar. Vai ter que tentar botar o Aldo para baixo. Se ele se arriscar em pé, o Junior vai arrancar a cabeça dele fora. Então, sou 100% José Aldo.
Como foi perder tanto peso para lutar?
Realmente foi um pouco mais sacrificante. Tive que fazer uma dieta mais rígida e não brincar com esse negócio de peso, que é fogo. Estava um pouco preocupado porque na última vez que bati 62 kg acho que ainda era adolescente. Mas deu tudo certo. Fiz uma dieta bem balanceada e foi bem legal. Brigar eu ia de qualquer maneira, é a parte fácil. Mas estava preocupado com o peso. Agora essa é a minha categoria.
Tentará se controlar mais agora, se manter realmente abaixo do peso que ficava naturalmente?
Com certeza. Para bater bem o pluma, agora terei que me manter um pouco mais leve. Sempre fui levinho. Tinha 71 kg e descia para 66 kg. Perto de outras pessoas, isso não é nada. Tem gente que desce 15 kg. Realmente agora é um pouco mais difícil, mas pretendo fazer uma boa dieta e me manter sempre com uns 67 a 68 kg. Terei de me controlar.