“Acho que minha grande qualidade no Jiu-Jitsu é a minha ambição, meu foco, a disciplina e a determinação. Esses requisitos são primordiais para eu chegar sempre confiante e fazer meu trabalho no tatame, sempre buscando impor um jogo agressivo e para a frente, pois essa é minha característica”, diz a fera, em conversa com GRACIEMAG.
Diferentemente dos outros torneios, na seletiva o tempo de luta na faixa-preta é de apenas seis minutos, ao invés vez de dez. Para Mário Reis, isso não é um empecilho para finalizadores como ele:
“Seis minutos passam muito rápido, mas não sou atleta de fazer muita estratégia. Gosto de sentir a luta e às vezes improvisar, porém nunca perco minha identidade e característica que é buscar a finalização. Hoje procuro treinar todas as situações de luta e não uma específica. Acredito que a confiança vem por eu me sentir confortável e com recursos técnicos em todas as situações”, comenta o atleta da divisão até 70kg.
Mário ocupa as primeiras colocações do pódio há bastante tempo na faixa-preta. O lutador comenta o que o estimula a continuar competindo depois de tantos títulos.
“O que me estimula é poder oferecer aos meus alunos o melhor exemplo possível de um professor guerreiro, batalhador, perseverante e ambicioso, que luta pelos seus objetivos com todas as suas forças. Busco ser um exemplo dentro e fora do tatame, pois quando entro para lutar represento minha fé, minha família, minha esposa, minha equipe Alliance, meus alunos e todos que acreditam no meu trabalho. Isto é meu maior estímulo”, defende Reis, que sabe que sua vida nunca é fácil, ainda mais no peso-pena em que costuma aparecer. “O pessoal além de técnico, tem muito gás e flexibilidade. Tem de estar na ponta dos cascos para brilhar nessa divisão”.