Professor de Jiu-Jitsu nos Emirados Árabes Unidos, o faixa-preta Pedro Damasceno aproveitou a vinda ao Rio de Janeiro para ministrar um seminário na Polícia Federal ao lado do ex-lutador de MMA Rogério Minotouro, em julho deste ano. O aulão foi voltado ao ensino de técnicas de defesa pessoal em situações reais para policiais de todas as unidades especializadas da superintendência da PF.
Em bate-papo com a equipe do GRACIEMAG.com, o professor Pedro Damasceno comentou a experiência de ter liderado o seminário na Polícia Federal ao lado de Rogério Minotouro e explicou como as técnicas de defesa pessoal podem ser úteis aos policiais.
GRACIEMAG: Como foi a experiência de liderar o seminário na Polícia Federal ao lado do Minotouro?
PEDRO DAMASCENO: O Rogério Minotouro é um amigo de longa data, nos conhecemos na época Carlson Gracie e depois treinamos durante todo o período na Brazilian Top Team. Tivemos a oportunidade de compartilhar os nossos conhecimentos no seminário na Polícia Federal do Rio de Janeiro com a maior força de segurança do nosso país, foi uma grande honra.
Como ocorreu a dinâmica do seminário?
O Minotouro mostrou bastante a parte da luta em pé, como as técnicas do boxe e aplicação de quedas voltadas para o sem kimono e MMA. Por outro lado, eu cuidei da parte do sem kimono e MMA no solo. Demonstrei como não ser agredido por baixo numa situação de desvantagem e ensinei técnicas de Jiu-Jitsu, como raspagens, reversões e finalizações.
Como as técnicas do Jiu-Jitsu podem ser úteis aos policiais?
De maneira com que o policial consiga realizar os movimentos e esteja preparado para um confronto corpo a corpo. Numa situação real, ele pode aplicar técnicas de defesa, quedas e finalizações. Se cair por baixo, estará apto para fazer guarda e raspar o agressor para cair por cima numa situação de superioridade.
Como você recebeu a notícia que daria um seminário na Polícia Federal ao lado do Minotouro?
Fomos convidados pelos delegados federais Jaime Cândido e Bruno Simões e pelo Mestre Baioneta. Foi uma oportunidade única e o que mais nos impressionou foi ver que grande maioria dos policiais que estavam presentes faziam alguma luta e boa parte deles eram praticantes de Jiu-Jitsu, inclusive os delegados Jaime Cândido e Bruno Simões, que também são faixas-pretas.