O faixa-preta Adilson Higa, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, sofreu um acidente sério há dois anos, quando ficou em coma e perdeu o braço. Mas a amputação não tirou sua vontade de lutar Jiu-Jitsu.
Personagem de reportagem no Globo Esporte local, o professor contou que a grande dificuldade no início era fazer as pegadas.
“A necessidade me fez desenvolver algumas posições, como uma em que eu puxo o adversário para baixo para fazer ele andar. Quando ele anda, eu já entrou com a posição clássica de guarda De La Riva”, explicou o professor à Globo.
O esforço deu certo. Higa conquistou várias medalhas e um troféu depois do acidente, que o deixou cerca de um mês em coma.
“A gente só consegue fazer as coisas bem feitas quando se está feliz, e eu estou feliz com essa nova fase. O trabalho está sendo bem feito, bem direcionado e bem supervisionado”.
O próximo desafio do mestre é o Campeonato Brasileiro, que acontece no Rio de Janeiro, neste fim de semana. Higa diz que não vai competir na obrigação, mas encara como um desafio pessoal.
“Provei tudo que tinha que provar. O mais importante é chegar lá e pisar no tatame. Essa vai ser minha vitória”, diz ele, exemplo de superação e motivação para seus alunos. Confira abaixo um de seus treinos, e apareça no Tijuca para aplaudi-lo, no fim de semana.