GRACIEMAG #174 já está em todas as bancas e traz em suas páginas um dossiê imperdível para o praticante aperfeiçoar e entender a importância da pegada no Jiu-Jitsu.
Sobre o assunto, também conversamos com Augusto Mendes, o Tanquinho. O faixa-preta surpreende pelo jogo completo, seja por baixo, passando a guarda ou até mesmo em pé, trocando quedas. Para ser eficiente, Tanquinho alerta que não basta apenas a técnica e preparo físico, é preciso ter a boa pegada. Abaixo, o lutador comenta alguns erros comuns e o que deve ser corrigido para ter mãos de alicate.
“Por ainda não entenderem completamente todos os fundamentos do Jiu-Jitsu, muitos dos praticantes menos graduados não dão o valor devido à boa pegada. É algo essencial numa luta, que pode fazer ganhar ou perder posições.”
“Vejo alguns alunos, na ânsia de finalizar rapidamente, tentarem estrangular sem todos os dedos na pegada. Esse é um erro comum, aplicam o estrangulamento pelas costas com dois ou três dedos e não enfiam a mão profundamente. Tem que fazer a pegada com todos os dedos e ajustar bem para apertar com êxito.”
“Pegar por dentro da boca da calça ou manga pode se tornar um hábito. Tem que ser corrigido desde cedo. Além de ser uma pegada ilegal, aumenta o risco de contusões. O atleta que faz isso na faixa-branca e não é corrigido leva esse vício por todas as graduações. Já vi faixas-pretas experientes levarem punições e perderem lutas por causa disso.”
“Na hora de aplicar o armlock, sempre digo para os alunos dominarem, também, o pano na altura do cotovelo do adversário. Travar o oponente para esta chave de braço apenas pela manga facilita a ele escapar o cotovelo na hora que passamos a perna para o armolck. Fazendo a pegada no cotovelo, o armlock fica mais justo.”
“Na hora de lutar em pé, muitos alunos principiantes dominam a gola cruzada do adversário. Não que seja errado, mas é um tipo de pegada para os mais experientes e com o jogo em pé evoluído. Para os menos graduados ou os que não sabem tantas técnicas em pé, o melhor é fazer a pegada na gola paralela.”
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