
Bruno Bastos no Europeu 2025 em Lisboa. Foto: Reprodução/Instagram
Há 13 anos, Bruno Bastos trocou o Rio de Janeiro pelo Texas, nos Estados Unidos, onde mora, treina e ensina numa cidade petrolífera, feliz da vida. Em janeiro, o professor não costuma perder a chance de ir passear no inverno europeu, onde volta sempre com boas histórias, seminários e medalhas de ouro na bagagem.
Nesse Campeonato Europeu de 2025, no fim de janeiro, o faixa-preta formado na Nova União repetiu o feito, ao vencer no master 3, em luta eletrizante contra a fera Juninho Boi, de Bragança.
Em papo com o GRACIEMAG.com, o agora tricampeão europeu contou como procurou lidar com a famigerada guardoplata de Boi, na final do peso pesadíssimo em Lisboa.
“Na primeira luta eu finalizei, após quedar, passar e montar. Estava montado, trabalhando o katagatame mas acabei finalizando mesmo no abafa, o famigerado ‘quarto escuro’. Na segunda luta, raspei e passei. E na final com o Juninho, consegui evitar a pegada de mangas que ele gosta, e venci por uma raspagem”, narrou Bruno Bastos, que deu mais detalhes do seu jogo tático para ficar com o ouro, no evento da IBJJF:
“Fiz minha estratégia. Eu sabia que o Juninho gosta muito de fazer aquela chave omoplata da guarda-laçada, que ele ensina e dá muito certo, a guardoplata. Como eu analisei antes que pegada ele precisava fazer para a técnica funcionar, evitei o jogo dele na raiz. Não deixei ele chegar na pegada e usei a tática de forçar as penalidades, de modo que ele precisasse abrir o jogo. Então chamei para a minha guarda, da onde fico muito confiante para obter a
raspagem. Depois, no finzinho, ele precisou se expor mais para tentar a laçada e abriu a guarda, e ali eu engoli uma perna e controlei o quadril, para quase passar montando, mas aí o
tempo acabou.”
E você, fiel leitor? Aprendeu muito nesse Europeu 2025? Em que duelo marcante? Oss…