O primeiro dojo da equipe Gracie Terra, equipe de sucesso do Rio de Janeiro, foi improvisado num playground. Hoje, o professor Vitor Terra já conta com nove filiais da equipe, inclusive nos EUA e Portugal. Mais uma prova de que, no Jiu-Jitsu como na vida, a gente começa por baixo antes de se estabilizar.
“Dar aquele primeiro passo ao fundar uma nova equipe é sempre o mais difícil”, lembra o faixa-preta. “Mesmo o maior casca-grossa fica inseguro ao se arriscar, porque empreender, ainda mais no Brasil, nunca foi fácil. Por isso eu agradeço todos os dias à minha esposa. A escola de Jiu-Jitsu de sucesso começa com o amor que recebemos em casa. Para quem luta, o primeiro mandamento é estar em paz consigo mesmo, paz em casa e com o apoio total de quem a gente ama”, ensina Vitor, que é casado com Hanna Gracie, filha do grande mestre Robson.
Com o sangue Gracie correndo nas veias, Hanna tratou de dar a base e o empurrão necessário para a criação da escuderia Gracie Terra.
“Ela tratou de desenvolver nosso logotipo, escolheu as cores e cuidou de toda a identidade visual e dos trajes da equipe”, detalha o professor. “Eu ensinava minha turma no play de um prédio, no melhor esquema aulas na garagem dos velhos tempos do Jiu-Jitsu. Mas, com ela segurando a barra, o trabalho se consolidou, os alunos se multiplicaram e tudo deu certo. Abrir uma academia bem sucedida, com padrão e estrutura adequadas, é sempre um grande desafio, mas é também um imenso prazer. Pois cada dojo é sagrado, é aquele lugar em que a gente vê vidas mudando.”
Vitor Terra conta que aprende com Hanna, que é faixa-azul, com as filhas e com os mestres da família Gracie desde a hora de acordar até fechar a escola.
“Eu nunca tive uma vida de luxo mas jamais me desviei do caminho certo, por conta do que aprendi em casa com meus coroas. Hoje, eu sigo aprendendo. Tomo café da manhã, almoço e janto Jiu-Jitsu. Casei como uma Gracie e respiro Jiu-Jitsu 24 horas por dia. Aprendi a dar cada passo com coragem e sabedoria, e tudo que faço é sempre olho no olho”, acrescenta a fera, que dá aulas em São Conrado.
As lições que Vitor aprendeu com os Gracie vão, claro, além da teoria.
“O Jiu-Jitsu e a defesa pessoal que a gente sempre aprendeu na escola Gracie dão ao praticante um senso de defesa aguçadíssimo para qualquer hora, não apenas no tatame ou na rua como em qualquer ocasião”, ele relembra, já que se tornou um especialista no assunto. “Você ganha uma sensibilidade e um reflexo que vai muito além de como reagir, mas vale a pena reagir e o momento certo – e com a frieza e tranquilidade certas para ninguém sair ferido. Mal comparando, é como um curso de direção defensiva na auto-escola. Você pressente antes de acontecer que um carro pode vir colidir no seu, e evita a colisão antes de acontecer. O Jiu-Jitsu ensina você a antecipar grandes problemas e incidentes.”
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