O professor Roberto Salomão, de 40 anos, é um entusiasta das artes marciais e dedica-se aos esportes de combate desde a adolescência. Roberto é faixa-preta de Jiu-Jitsu e luta livre e soma passagem pelo boxe amador. Ele iniciou sua trajetória nos tatames na Nova União, com o professor Chico Mello, e depois seguiu para a Attack Jiu-Jitsu Team, sob a batuta de Carlos Alfredo Maguila. Meses depois, Roberto amadureceu a paixão pela luta livre.
“Soube que, no bairro do Cachambi, perto de onde eu morava, havia um professor que treinava luta livre e tinha começado a dar aula no terraço de casa. Era o Hugo Ricardo Gel”, lembrou Roberto. “Descobri o endereço dele e fui conhecer a modalidade. Os anos se passaram e sou aluno dele até hoje”, declarou o faixa-preta.
Roberto Salomão contabiliza títulos importantes no decorrer de sua carreira na luta livre, como o Estadual e o Sul-Americano, ambos conquistados no ano passado pela CBLLE. Ele também foi campeão do Armagedon Championship 2018 e do Super GP Luta Livre Championship, em 2021.
Roberto é um atleta renomado internacionalmente no Jiu-Jitsu e na luta livre. O retrospecto vencedor nos tatames lhe rendeu um convite para representar a equipe Pedro Sauer/Griffin BJJ, na cidade de Orem, em Utah. Os objetivos do faixa-preta nesta nova empreitada são solidificar ainda mais seu nome no esporte e intensificar os treinos, com foco nas quedas, na passagem de guarda e na luta greco-romana. Ele também sonha com o título mundial da IBJJF.
Roberto Salomão conversou com a equipe do GRACIEMAG.com e relembrou o começo nas artes marciais, além dos maiores aprendizados no Jiu-Jitsu.
GRACIEMAG: Como começou a sua história no Jiu-Jitsu?
ROBERTO SALOMÃO: Comecei a treinar Jiu-Jitsu aos 15 anos de idade. Eu já tinha feito muay thai e depois comecei assistir os eventos do UFC em fita VHS. Logo no início, fiquei encantado com as técnicas da família Gracie e passei a procurar academias que tivessem aulas de Jiu-Jitsu perto de onde morava, no Méier.
Quando você percebeu que viveria em prol do esporte?
Treino desde novo e, por isso, sempre precisei conciliar a luta com trabalho, estudo e os momentos com a minha família. Eu me dei conta que viveria em função do Jiu-Jitsu quando percebi que não me encaixava em nenhum outro lugar além do tatame.
Quando surgiu o interesse pela luta livre?
Soube que, no bairro do Cachambi, perto de onde eu morava, havia um professor que treinava luta livre e tinha começado a dar aula no terraço de sua casa. Era o Hugo Ricardo Gel. Descobri o endereço da casa dele e fui conhecer a modalidade. Isso foi lá em 1996. Atualmente, ele é o líder da equipe HRG Team. Os anos se passaram e sou aluno dele até hoje. Foi o Hugo quem me graduou faixa-preta de luta livre.
Quais foram os maiores aprendizados nesses anos dedicados ao Jiu-Jitsu?
O Jiu-Jitsu me proporcionou diversos ensinamentos. Aprendi a ficar confortável em situações de desconforto, a permanecer firme diante dos desafios, a ser mais forte e a fazer grandes amizades no tatame. Também entendi que perder faz parte da vida, porém, a vitória é daqueles que nunca desistem.
O que a faixa-preta representa para você?
A faixa-preta simboliza o início de uma nova jornada, com mais responsabilidades e dedicação. A partir do momento em que o aluno é graduado faixa-preta, ele se torna uma referência para os companheiros de equipe dentro e fora do tatame. Ser faixa-preta foi um sonho realizado e hoje tenho orgulho das escolas que me formaram.