Se o faixa-preta profissional Henrique “Ceconi” Cardoso é um caçador, sua próxima presa será uma das mais desafiadoras desta temporada: O Abu Dhabi Grand Slam Rio de Janeiro. O evento que abre a temporada 2023/24 do AJP World Tour será iniciado pelos masters no dia 9 de junho, para depois receber os atletas profissionais ao longo dos dias 10 e 11 de junho. Classificado entre estes últimos, Henrique está totalmente focado nos treinos para levar sua melhor versão à Arena Carioca.
Ceconi demonstra muita confiança para o torneio, mesmo reconhecendo o desafio que terá pela frente. Em entrevista à AJP, Henrique explicou o que o mantém confiante, falou sobre suas motivações para vencer o AJP South America e deu uma ideia de seu futuro dentro da federação. Confira a seguir!
AJP: Antes de se inscrever para a ADGS Rio, você passou pelo Sul-Americano como uma tempestade, conquistando os títulos do seu peso e do absoluto. Quais foram os maiores desafios que você enfrentou nesse torneio?
HENRIQUE CECONI: É difícil destacar um desafio entre todos os atletas de alto nível que enfrentei desde a primeira luta. Mas, apesar dos obstáculos, eu me senti pronto para enfrentar esse torneio. Foi algo pessoal para mim, principalmente porque o Sul-Americano aconteceu em Santa Catarina, que é minha casa e onde treino. Queria mostrar minha melhor forma, então me dediquei ao máximo aos treinos e estava pronto para tudo quando pisei no tatame.
Você está sentindo a mesma confiança que o colocou no topo do Sul-Americano?
Sim, consegui manter o mesmo ritmo de treinamento, então acho que estou em uma forma muito melhor para o ADGS Rio. Quando chegar a hora, quero presentear a federação e o público com boas lutas e um desempenho ainda melhor. Espero que, ao final do torneio, ninguém consiga esquecer o nome “Henrique Ceconi”.
O que fez você se apaixonar pelo Jiu-Jitsu? Como o esporte te transformou no guerreiro que agora está pronto para mais um desafio?
O Jiu-Jitsu faz parte da tradição da minha família. Faço parte da segunda geração de faixas-pretas da família Ceconi e treino desde que tinha apenas 10 anos de idade. Por ter começado tão jovem, o Jiu-Jitsu influenciou não só quem eu sou como atleta, mas também como ser humano. A vida nos tatames formou minha personalidade e criou o homem que sou hoje. Acima de tudo, ele me trouxe a resiliência que me permite me destacar entre meus parceiros.
Qual é a origem do apelido, Ceconi?
Tudo começou com meu tio Alexandro Ceconi. Ele era um competidor de verdade, chegando a ser campeão mundial profissional em 2009, e eu sempre o admirei. Mesmo quando era criança, decidi seguir seus passos e as pessoas começaram a me chamar de “Pequeno Ceconi”. Com o passar do tempo e meu crescimento, tanto do ponto de vista físico quanto competitivo, o apelido mudou para “Ceconi” e me deu a honra de continuar o legado da família nos tatames.
Depois do ADGS Rio, podemos contar com você na AJP, viajando pelo mundo para lutar e subir no ranking?
Pela minha experiência, os torneios da AJP são incomparáveis. Eles contribuem para o desenvolvimento profissional do esporte e proporcionam aos atletas um ambiente onde eles se sentem valorizados. Vou lutar para ser o melhor dentro da federação, então sim: com certeza, você me verá por aí.