Além de ensinar BJJ, Luciane Antunes disputa o topo do ranking da IBJJF

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Quais os benefícios que uma professora de Jiu-Jitsu oferece às pessoas e à comunidade onde ela atua?
LUCIANE ANTUNES:
São inúmeros os benefícios, um deles é o conhecimento e a vivência que uma professora de BJJ pode passar aos seus alunos dentro da comunidade, como disciplina, paciência, controle e equilíbrio corporal, inteligência, entre outros fundamentos que uma professora de Jiu-Jitsu estimula no desenvolvimento pessoal de seus alunos.

Conte um pouco sobre a sua experiência ensinando Jiu-Jitsu. Como você definiria o seu estilo à frente da turma? A sua pedagogia…
Para mim é uma paixão poder ensinar meus alunos a serem pessoas melhores através do Jiu-Jitsu. Obviamente cada pessoa tem a sua velocidade em aprender os fundamentos do BJJ e isso me motiva ainda mais a sempre estar inovando minhas metodologias para ensinar adultos e crianças, cada aluno à sua maneira, adaptando as lições a cada perfil de aluno. Uma professora de excelência tem a ver com a arte de se manter motivada a ensinar. E essa vontade eu tenho, uma vontade que se assemelha muito à chama de se preparar constantemente para brilhar nas competições.

Além de ensinar Jiu-Jitsu, você tem uma carreira vitoriosa como competidora. Quais foram as suas principais conquistas e o que você aprendeu com elas?
Meus principais títulos no Jiu-Jitsu são o título de campeã brasileira, campeã sul- americana, bicampeã mundial e atualmente sou a Número 2 do Ranking Mundial de Jiu-Jitsu. Dentre esses títulos sem dúvida o mais importante é o título de campeã mundial, porém um dos títulos que mais foi importante para mim foi o título de campeã brasileira, pois foi através desse título que eu comecei a acreditar ainda mais no meu potencial para disputar títulos internacionais, isso me motivou muito.

Qual é o seu grande objetivo para o futuro da carreira?

Meu maior objetivo atualmente é assumir a liderança do ranking mundial no próximo ano e também conquistar o tricampeonato mundial, me manter saudável e aprimorar ainda mais minhas metodologias para poder passar todo o meu conhecimento aos meus alunos.

Quando alguém hesita em treinar Jiu-Jitsu, o que você costuma dizer para convencer essa pessoa a vestir o kimono e começar a jornada na arte suave?
Minha estratégia sempre foi contar um pouco da minha história dentro do esporte, também falo um pouco dos ensinamentos emocionais e físicos que o BJJ nos proporciona, principalmente quando a pessoa é uma mulher, pois eu acredito que todas as mulheres deveriam treinar Jiu-Jitsu, para assim elevarem sua autoestima, confiança e acima de tudo ter o mínimo de conhecimento para lidar com uma situação de agressão ou luta corporal. Todos nós, praticantes e atletas de BJJ, temos autocontrole emocional e confiança para lidar com os problemas da vida, e eu acho que todo mundo deveria ser assim.

Você também tem experiência como árbitra de competições de Jiu-Jitsu? Caso tenha, quais são os benefícios que isso oferece à sua carreira de uma maneira geral?

Sim, eu fui convidada algumas vezes a atuar como árbitra de Jiu-Jitsu, foi uma experiência incrível, e eu reparei que isso tem me ajudado muito a dominar e a conhecer os detalhes das regras e saber como me posicionar na hora de tomar decisões num campeonato. Ser convidada a arbitrar me motivou a estar estudando ainda mais o BJJ e está sendo muito importante na minha carreira de forma geral.

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