Musaad Alturif “Sheik” é um árabe de 35 anos com uma missão: colocar seu país no mapa do Jiu-Jitsu mundial. O interesse em artes marciais começou quando ele ainda era jovem, na Arábia Saudita, seu país de origem, onde fez parte de uma turma de takewondo. Mas a sua história mudou no momento em que viajou para o Brasil pela primeira vez, onde morou por 15 anos, entre Sorocaba e São Paulo capital. Antes de ter o Jiu-Jitsu como profissão, ele ainda flertou com o muay-thai por conta do chamado de um amigo próximo que, depois de três meses de treino, fez o convite para ele, finalmente, vestir o kimono novamente.
Praticante de Jiu-Jitsu desde 2013, o hoje faixa-roxa Musaad usa seu conhecimento para ajudar no crescimento do esporte e, principalmente, deixar a população mais saudável com a prática da modalidade. O objetivo pessoal que ele tem é, também, colocar sua nação no mapa competitivo do Jiu-Jitsu, ao lado do Brasil e Estados Unidos.
“O maior objetivo com o Jiu-Jitsu na Arábia Saudita é usar o esporte pra ver o povo árabe mais saudável em todos os aspectos como, por exemplo, na parte mental e física. Prego também o respeito entre um aluno e outro, independente dos níveis sociais. A comunidade ainda é pequena em comparação com outros países, mas segue crescendo de forma equilibrada e saudável”, diz Sheik.
O instrutor também conta como funciona sua metodologia de ensino desde a primeira aula introdutória, mesmo que o aluno jamais tenha tido contato com o Jiu-Jitsu. A seguir, ele projeta como estará seu trabalho daqui a cinco anos. Veja:
“Na primeira aula, explico mais sobre a cultura do Jiu-Jitsu, pois prefiro preparar a mente do praticante para saber o que é o nosso esporte, dentro e fora do tatame, sendo o primeiro passo na aula introdutória. Depois, já nas aulas prática, mostro o passo a passo de acordo com minha didática de ensino. Em cinco anos o esporte vai crescer muito, eles vão ver como o Jiu-Jitsu transforma vidas. O Jiu-Jitsu Árabes também pode formar faixas-pretas mundialmente conhecidos. Porque não?”, projeta.
Sob a tutela de Eduardo Telles, uma dos mais populares faixas-pretas do Jiu-Jitsu, Musaad conta como é sua relação com seu professor e como o conheceu.
“Telles é um atleta q eu sempre admirei por tudo que ele fez na carreira dele e continua fazendo. O que mais admiro nele é a força interna que ele tem para se adaptar com qualquer situação que ele enfrenta na carreira. Ele foi campeão mundial sem kimono com 37 anos e isso me marcou muito. A carreira dele é impressionante. Quando passei uma situação na minha carreira foi ele quem me ajudou e abriu as portas para eu fazer parte e representar a equipe 99 (Nine Nine) e foi daí que a admiração virou respeito. Quero viver o Jiu-Jitsu como ele vive, dentro e fora dos tatames. Nossa história vai ter muitas conquistas”, encerra.
(Fonte: Assessoria de imprensa)