Ary Farias analisa Mundial e solta o verbo

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Ary x Langhi, em Long Beach. Foto: Luca Atalla

Ary Farias, apontado pelo GRACIEMAG.com como uma das feras que dariam muito o que falar em 2010, fez por merecer nossa aposta e venceu no Mundial de Jiu-Jitsu no peso pena faixa-marrom. Franco e direto, Aryzinho comentou na entrevista a seguir a mudança de equipe, a vitória sobre a pedreira Michel Langhi (irmão de Michael Langhi), a contusão que quase o atrapalhou no Mundial e muito mais.

Confira:

O que achou da sua campanha no Mundial?

O Mundial foi um verdadeiro show. Aliás, Mundial é Mundial, né? A preparação foi perfeita. Como sempre, procuro me preparar da melhor forma possível.

É verdade que você lutou o Mundial contundido?

Só pude mostrar 30% do meu Jiu-Jítsu, porque tive uma séria lesão duas semanas antes do Brasileiro. Fui correndo ao meu médico comunicar, ele me examinou e disse que a situação do joelho não era das melhores e que achava melhor eu esquecer o Brasileiro e o Mundial desse ano, porque, se eu lutasse, só iria agravar mais e não iria chegar na minha melhor forma. Disse para ele que seria frustrante ficar de fora desses eventos e que eu iria competir e ganhar. Foi então que eu fiz a minha inscrição para o Brasileiro e deu tudo certo, mas o meu joelho ficou pior. O Ramon Lemos disse para eu focar totalmente na preparação física e fazer os treinos de Jiu-Jítsu mais leves. Então fui com tudo para o Mundial e lutei com raça e com o coração. Era o meu dia.

Enquanto o Langhi for de equipe diferente vai perder todas as vezes”, Ary Farias

Fale da sua luta contra o Michel Langhi no Mundial. Estava difícil alguém vencer ele…

Ali era uma briga de dois leões. Iria ganhar quem estivesse mais faminto e, graças a Deus, as três vezes que lutei com ele eu fui o mais faminto! A luta foi dura, ele entrou com uma estratégia de ganhar nas vantagens. O Jiu-Jitsu é um esporte para frente e ele teria que fazer uma boa apresentação para o público presente. Foi uma boa vitória, mas nada diferente das outras. Enquanto ele for de equipe diferente ele vai perder todas as vezes. Não que estava difícil de alguém ganhar dele, o fato é que esse era o segundo campeonato dele na faixa-marrom, ele ainda vai ter que caminhar muito e subir muitas rampas.

Aryzinho recebe a faixa-marrom de Ricardo Vieira, quando era da CheckMat. Foto: Carlos Ozório

 
 
 
 

 

Ary comemora no Mundial. Foto: arquivo pessoal

Por que você passou a treinar na Atos e saiu da CheckMat?

 

A Atos é uma família, que abriga todo mundo! A mudança para a Atos foi porque eu e meu irmão (Yuri Simões) já conhecíamos o trabalho da galera e percebemos que na equipe existem muitas pessoas que têm o mesmo objetivo que nós. É um grupo onde todos treinam para ser campeões e os treinos são focados para isso, e com muito diálogo com o Ronaldo Jacaré, que é um cara que sempre me apoiou antes de tomar minhas decisões e isso acabou nos fazendo mudar. Descobrimos que é uma equipe completa em todos os sentidos. Temos um professor exemplar e lá é um lugar que nos sentimos totalmente em casa. A galera toda é bem calorosa e nos dá todo o suporte adequado para manter uma vida como um profissional de Jiu-Jitsu. O importante é que eu estou super feliz com essa nova mudança e tenho certeza que isso só veio para evoluir mais o meu Jiu-Jitsu.

O que mudou na nova equipe?

A mudança foi a melhor. Sou um cara mais focado, determinado, disciplinado e estou feliz e com muita vontade de competir.

Quais serão seus próximos compromissos este ano?

Agora estou aqui pegando a energia da minha família e da minha namorada! Semana passada fui ao meu médico e ele disse para eu carregar as minhas baterias para não dar curto circuito. Essa semana ele vai me ligar e me avisar se vai ser preciso eu fazer cirurgia e

depois volto totalmente o foco para o Rio Open.

Obrigado ao GRACIEMAG.com pela entrevista!

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