As dicas de Vitor Henrique, ouro absoluto no San Francisco Open de Jiu-Jitsu

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O sobrinho do tio Paleco chegou lá. O peso médio Vitor Henrique Oliveira, faixa-preta de Jiu-Jitsu da GFTeam, sentou no trono absoluto do primeiro San Francisco Open da IBJJF, justamente na terra de famigerados lutadores na Califórnia.

Mas Vitor Henrique também vem de uma localidade de cascas-grossas, onde os próprios grandes mestres Carlos e Helio Gracie habitaram. O lutador de Teresópolis falou com o GRACIEMAG.com após a conquista do último domingo, e distribuiu lições bem-humoradas. E na hora de agradecer aos patrocinadores, não esqueceu de agradecer ao tio Paulo Américo, o Paleco, claro.

Vitor Henrique joga por cima no Jiu-Jitsu Foto por Dan Rod

Após vencer o NY Open (foto), o faixa-preta Vitor Henrique brilhou no SF Open, domingo. Imagem por Dan Rod.

Após conquistar o peso médio, ao superar na final Marcos Torregrossa, e o absoluto, ao bater Samir Chantre, o lutador de 25 anos analisou seu desempenho com autocrítica.

“O desempenho foi 90% de aproveitamento. Consegui desenvolver bem meu jogo tanto por cima quanto por baixo, mas ainda preciso fazer alguns ajustes para o Pan 2012, no fim de março e comecinho de abril“, contou a fera ao GRACIEMAG.com. Confira os melhores momentos do papo a seguir.

O que você aprendeu nessa trajetória rumo aos dois ouros no San Francisco Open de Jiu-Jitsu?

Sempre aprendo muito, mas nesse domingo tirei como lição alguns detalhes de como defender algumas raspagens. O momento mais complicado no campeonato foi a final da categoria, contra Marcos Torregrossa, que tem uma guarda bem complicada de passar. Eu comecei com uma raspada, ele me raspou, e logo depois a luta voltou em pé. Quedei, ele me raspou de novo mas logo consegui fechar a guarda. Quando ele tentou abrir a guarda em pé, eu raspei novamente.

Qual o macete principal para as horas anteriores às competições?

O lutador tem de manter sempre uma boa alimentação, dormir cedo antes do evento, procurar estar concentrado e evitar comer muito antes de lutar. É útil ter muita confiança em seu jogo, isso vai ajudar nas horas complicadas ao longo do torneio.

Jiu-Jitsu 3 vezes por dia

Como foram seus treinos para a conquista?

Estou treinando Jiu-Jitsu três vezes por dia. Na parte da manhã, faço treino solto, de tarde o treino é específico, com posição, enquanto à noite faço uns rolas com os amigos JC Ramey, Luke Zachrich, Emilly Hammer… A preparação física é aqui em Columbus, Ohio, com meu personal Cory Milton.

Qual é a sua técnica favorita? O que você acha que fez a diferença nessa sua conquista no absoluto?

Gosto muito de quedar com o morote seoi nage. Mas o que fez a diferença foi a cabeça. Manter a calma, controlar o gás e aplicar as posições na hora certa e com confiança.

Você não está mais em Teresópolis, certo?

Sim, eu tive uma transição em 2009, quando saí de Teresópolis para estudar no Rio. Até então eu treinava com o mestrão Adilson Bitta, que me treinou até a faixa-preta. No início de 2009, entrei para a família GFTeam, que é liderada pelo mestre Julio Cesar. Graças a Deus está indo tudo bem, consegui captar bons patrocínios e treinar e lutar eventos importantes nos EUA.

Como foi esse ingresso na GFTeam, foi tranquilo?

Foi engraçado. Teve um campeonato em Teresópolis e a galera da GFTeam foi competir. Eu acabei lutando com o Marcio Tubarão e fiz a final com o Denilson Pimenta, que hoje são meus irmãos. Assim que acabou nossa final eu fui pedir para fazer parte da GFTeam na maior cara-de-pau!

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