Bochecha detalha papel do camp e de Rodrigo Cavaca no Mundial de Jiu-Jitsu

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Pelo Facebook, o faixa-preta campeão mundial absoluto de 2012, Marcus Vinicius Almeida, o Bochecha, contou um pouco do que passou antes da campanha inesquecível na Pirâmide de Long Beach, onde conquistou nove vitórias e duas medalhas de ouro a duras penas.

GRACIEMAG.com pescou os melhores momentos, a seguir. Para relembrar todos os campeões, visite IBJJF.org, aqui.

“No ano de 2002, minha irmã Ana Kelly Almeida começou a praticar um esporte chamado Jiu-Jitsu. Em seguida, meu pai Clayton Ferreira de Almeida, não sabendo do que se tratava, tratou de comprar um kimono e começou a praticar só para acompanhar a filha e saber aonde ela estava se metendo. Acabou que ele ficou viciado e fanático, e a partir daí acabou me convencendo a praticar junto com eles. Lembro das primeiras revistas de Jiu-Jitsu que ele comprou. Na época, ele e eu viramos fãs de Marcio Pé de Pano, entre outros, e nunca imaginei depois de dez anos que eu estaria lutando um Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu na faixa-preta contra um de nossos primeiros ídolos do esporte.

“Tive o prazer de fazer uma luta com ele e saber que eu fiz parte da história dele, pois ele e o Comprido disseram que este ano foi o último para eles. Claro que, além dele, enfrentei atletas de altíssimo nível e lutei com amigos também. Graças a Deus. depois de todos esses anos. consegui alcançar um dos sonhos que sempre tive, o de ser campeão mundial no peso e na categoria aberta, que é o sonho de qualquer um que pratica essa arte.

Marcus Vinicius Buchecha investe na raspagem em cima de Léo Nogueira, na final do absoluto no Mundial 2012. Foto: Dan Rod/GRACIEMAG.com

“Desde 2008 venho conseguindo esse feito em outras faixas. Ganhei a primeira vez a categoria de peso e o absoluto na faixa azul, em 2009 novamente vieram duas medalhas de ouro, na roxa, junto com Yuri Simões. Em 2010, venci peso e absoluto de novo, só que agora com Antonio Carlos Júnior. Em 2011, na estreia de preta, acabei perdendo na semifinal do absoluto e bati na trave na categoria. Mas em 2012, depois de ter enfrentado muitos problemas, me foquei e foi onde me aproximei mais do meu irmãozão Lucas Leite, quando vim morar com ele na Califórnia e treinar com todos que moram aqui. No meio do camp, uma visita inesperada e definitiva apareceu, meu outro irmão Raphael Chaves, que se mudou para a Califórnia e veio morar com a gente, ele que me ajudou muito assim que mudei para a América em 2011.

“Nesse camp tive a certeza que eu iria ser campeão, pois treinei como nunca na minha vida e aprendi demais, muito do que aprendi dias antes do campeonato foi essencial para a minha vitória. Claro, teve ainda a presença do meu mestre, amigo e irmão Rodrigo Cavaca, ele que sempre falou que eu iria chegar até aqui, que eu iria alcançar esse objetivo.

“Na final do absoluto, eu estava perdendo por 4 a 0 e já tinha desistido da luta – comecei a reclamar de amarração. Aí olhei para ele. Foi Cavaca que me deu forças e o caminho para a vitória, ele acreditou mais em mim do que eu mesmo. Acho que em toda luta que eu estava perdendo ou sendo amassado eu lembrava de todas essas pessoas e todos que fizeram parte do camp e que sempre torceram e estavam torcendo, seja lá na Pirâmide, em Santos ou no Catiapoã. Antes de entrar para lutar, eu lembro inclusive que falei para o Alan do Nascimento: ‘Finfou, para ganharem de mim hoje vão ter de me apagar ou quebrar alguma coisa, porque não vou sair de lá sem dar tudo o que eu tenho.’ E foi o que eu fiz, não desisti em momento algum e consegui, após nove lutas duríssimas, ser campeão do Mundial 2012 no peso pesadíssimo e na divisão absoluto na faixa-preta.

“Só tenho a agradecer todas essas pessoas e meus amigos de Santos que estavam comigo, ao Thiago Abreu que sempre esteve comigo e fez parte de muitos títulos internacionais, porque todos sabem que ele me ajudou e muito, além de ele ficar muito triste porque eu não apareci na festa (Risos)! Além dele, lembro de todos que estavam aqui, são muitos nomes, mas todos que fizeram parte sabem do que estou falando. Claro que não poderia esquecer da minha fã número um, minha mãe Elisabete de Almeida! Sou muito grato a todos do fundo do meu coração e claro a Deus, muito obrigado! OSSSS”

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