Caio “BB” refaz rota até ouro absoluto marrom e mira faixa-preta

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Joia da GB e FPTeam, Caio Vinicius foi o grande destaque da faixa-marrom no Mundial de Jiu-Jitsu 2022, disputado entre 2 e 5 de junho, na Pirâmide em Long Beach.

Aluno de Felipe Preguiça, o popular “BB” contou como fez para sacudir a poeira e dar a volta por cima, após a derrota dramática e eletrizante na final do peso pesado, para uma fera hondurenha.

No absoluto, Caio voou e conquistou o ouro em grande estilo, ao derrotar a fera Rayron Gracie por 4 a 0 na finalíssima.

“É o título mais importante da minha carreira. Já tinha sido campeão mundial no-gi na faixa-roxa, mas não tem o mesmo sabor de ganhar de kimono”, ponderou o faixa-marrom. “Queria muito esse título. Me senti muito bem desde as primeiras lutas. Finalizei minhas três no peso e cheguei confiante à final. Abri 6 a 0, mas me desliguei e ele [o hondurenho Elder Cruz] acabou empatando – mérito total dele. No absoluto, tive mais um ótimo desempenho. Peguei o Big Mac, Helder Tropeço (vice-campeão pesadíssimo) e o José Jurema (vice no meio-pesado), que são bem pesados, duros e técnicos. Acho que a luta mais difícil foi contra o Helder, porque ele é um guardeiro pesadíssimo e bem flexível, então tive de ser bem estratégico para sobressair e ficar sempre dois pontos à frente”, completou Caio.

O faixa-marrom deu detalhes da final peso pesado contra Cruz:

“Nunca tinha lutado com ele mas já o acompanhava”, lembrou Caio. “Entrei bem confiante e marquei meus pontos logo no começo. Raspei e depois consegui berimbolar para pegar as costas, mas me desliguei após o 6 a 0. Já tinha pontuado bastante, creio que dei uma desacelerada. Foi aí que ele começou a imprimir um ritmo forte, pontuar e acabou me derrotando, na final peso pesado”.

A derrota para Elder poderia ter afetado o rendimento de “Baby” no absoluto. Mas não foi o caso. Caio contou com o apoio da equipe Gracie Barra presente na Pirâmide, entre eles o campeão mundial Gabriel Arges. Outro fator diferencial foi o telefonema de seu mestre, Felipe Preguiça, diretamente do Brasil, e que o motivou em busca da medalha dourada.

“Fiquei bem triste de ter perdido na categoria, porque estava muito bem e queria finalizar na luta pelo ouro”, disse Caio. “Mas não foi como eu esperava. Fiquei desanimadão para lutar no absoluto, mas o Gabriel Arges e outros companheiros de treino me ajudaram bastante. O Felipe [Preguiça], que estava no Brasil, me ligou e disse que eu estava muito bem e tinha condições demais de ganhar. Foi isso que me motivou a voltar para o absoluto e ser campeão”, revelou o “Baby”.

E as palavras de Preguiça se tornaram realidade. Caio, que é um peso pesado bem flexível, tem a poderosa guarda como grande diferencial. O aluno da FPTeam raspou Rayron Gracie em duas oportunidades, marcou 4 a 0 e garantiu a vitória para se sagrar campeão no aberto.

Depois de levar o ouro no Brasileiro e Mundial no intervalo de menos de um mês, Caio ressaltou o intercâmbio na GB Northridge, liderada por Rômulo Barral, e reforçou o desejo de disputar competições sem kimono.

“Não sei se vou lutar por agora. Talvez o Pan Sem Kimono ou o Mundial sem pano – mas não sei se vai ser de marrom ou preta”, brincou o craque. “Não vou voltar para o Brasil por agora. Vou continuar treinando aqui nos Estados Unidos com o Barral e creio que o Felipe venha para cá, me graduar faixa-preta nos próximos meses”, finalizou o novo rei faixa-marrom.

Caio aproveitou a oportunidade para agradecer os patrocinadores, o mentor Preguiça e uma pessoa especial: sua namorada Olívia.

E aí, audacioso leitor! Gostaria de ver o “Baby” em ação em que torneio?

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