O faixa-preta Alexandre “Mestrinho” Souza, anos, foi o maior destaque do 1º Manaus Open da IBJJF, no último fim de semana no Amazonas. Peso leve da academia Ryan Gracie em São Paulo, o aluno de Fabio Leopoldo faturou duas medalhas de ouro no evento, e comentou o feito.
GRACIEMAG: O que você achou de sua campanha no Manaus Open de Jiu-Jitsu, no último sábado?
ALEXANDRE SOUZA: Foi legal conseguir impor minhas melhores técnicas e vencer adversários maiores que eu. O campeonato foi de alto nível, num lugar famoso por produzir várias feras do Jiu-Jitsu, como José Aldo,
Xande Ribeiro, Ronaldo Jacaré e outros. Finalizei três lutas das quatro que fiz, entre o peso leve o absoluto. Sempre treino com pessoas mais pesadas que eu, o que me ajudou na conquista do aberto.
Na final do leves, você encarou Abel Junior (Associação Monteiro). Como foi?
O Abel é um cara que eu sempre via nas competições, e desta vez lutamos pela primeira vez. Ele puxou para a meia-guarda, mas estabilizei por cima, ajustei as pegadas na calça e passei. Ele acabou dando as costas, e fui ágil e estrangulei nas costas. Fiquei feliz ao vencer o peso leve, a missão estava feita. Mesmo assim, meu aluno Pedro Pimenta ficou me pilhando para entrar no aberto. Assim mergulhei para um desafio maior.
Qual foi a receita para se dar bem entre os grandalhões no absoluto?
Direcionei o pensamento para a filosofia Gracie, em que a técnica supera a força. Mesmo leve, impus meu jogo de guarda e ainda tive confiança para lutar por cima também. Outra dica: um dia antes da competição procurei comer carne vermelha e bastante vegetais, para me sentir forte e acelerar o metabolismo.
E na final do aberto, o que fez para raspar Juarez Harles (Omar Salum)?
Eu acho que raspei três ou quatro vezes, mas foi difícil concluir a raspagem. Coloquei na guarda 50/50 e concluí enfim a posição. O detalhe foi fugir o quadril para fazer a alavanca. A disputa ficou acirrada na busca pela pontuação. No fim ataquei uma chave de pé e ganhei uma vantagem. Respeito o Juarez como um dos atletas mais duros e fortes com quem já lutei.
Qual foi a luta mais dura que você fez no Manaus Open?
Foi a semifinal do absoluto contra Thiago Reinaldo (Gracie Barra). Precisei defender um relógio e caí nos cem-quilos. Pressionei por cima no peito dele, obrigando-o a rodar. Com isso o pescoço ficou livre e minha mão entrou automaticamente no estrangulamento. Foi quando ele ficou em pé, o que ajustou mais ainda o meu golpe.