O 4º Campeonato Sul-Americano de Jiu-Jitsu, que agitou Santa Catarina nos dias 21 e 22 de novembro, marcou a volta do carioca Celso Venícius às competições. Sem lutar desde 2008, quando tratou de contusão no joelho, o comandante da academia Ryan Gracie subiu ao topo do pódio no retorno. E motivos para isso não faltaram.
“Recebo a bolsa-atleta do governo federal e este ano ainda não havia competido. Fiquei apenas fazendo fisioterapia no joelho. Além de ser uma competição do Claudinho [Arrais], meu amigo, eu precisava de um título internacional para manter a bolsa. Juntou tudo isso, e apesar de não ter tido muito tempo para treinar, fui com tudo”, conta Celsinho, em entrevista ao GRACIEMAG.com. Confira:
Se treinar mais, perco peso. Não importa a categoria, o que quero é lutar o Mundial” Celsinho
Você é tricampeão mundial entre os leves na faixa-preta, mas venceu em São José, Santa Catarina, na categoria de cima, a médio. E para o Mundial 2010?
Não me preocupo muito com isso, porque não senti muita diferença de força nem nada. Estou com 80kg e vou de acordo com o meu corpo. Não treinei muito e bati o peso médio. De repente, se treinar mais, perco peso. Então vou como o meu corpo corresponder. Não me importa o peso, o que quero é lutar o Mundial. Não sei os outros eventos, mas o Mundial é o que eu quero lutar.
Quais os planos para 2010, além do Mundial de Jiu-Jitsu?
Quero fazer minha estreia no MMA. Treino vale-tudo com o [Roberto] Gordo desde os 18 anos. Parava por causa das competições, mas já treino MMA faz tempo. O pessoal aqui está lutando e também quero, pelo menos para sentir a adrenalina. Vou aguardar alguma proposta.
Gabriel Vella anunciou a saída da Alliance e voltou à equipe Ryan Gracie. Como estão os treinos?
O Vella voltou. Apesar de ter ficado um tempo em outra equipe, acho que o coração dele sempre foi Ryan Gracie. Ryan acrescentou muito na vida dele. Ele já está treinando com a gente. No mais, o treino com a molecada nova está muito bom. A equipe está crescendo muito. Vamos aos poucos, mas estamos chegando. No Sul-Americano tínhamos apenas cinco atletas no adulto e ficamos no segundo lugar geral. Várias equipes entraram forte, com dez vezes mais atletas que a gente, e fizemos frente. Estamos começando a nos estruturar e, ano que vem, já faremos um barulho.