A morte trágica do companheiro fez Charles perder o foco na preparação para o combate algumas vezes, mas a vontade de dedicar a vitória ao jovem foi maior. “O Titi me ajudava muito, era um garoto promissor no Jiu-Jitsu, mas foi vítima dessa doença covarde. Por vezes, desfoquei, estava muito triste. Depois vi que não podia desistir, que por ele precisava lutar e vencer. Fui para o tudo ou nada, porque sabia que ele merecia essa glória”, comenta Charles, emocionado.
E, de fato, a noite foi de alegria para o paulista. Além da ótima vitória e da homenagem ao amigo, Charles recebeu o prêmio de melhor performance da noite, o segundo consecutivo na carreira. Desde que o UFC mudou o sistema de premiação aos melhores de cada edição, em fevereiro deste ano, o lutador é o primeiro a ser agraciado duas vezes com o bônus.
“Estou me sentindo ótimo, forte e feliz de poder ser reconhecido como um lutador que sempre finaliza os combates. Os fãs gostam de lutadores que vão para cima, e trabalho muito para fazer isso quando entro no octógono. Sei que ainda tenho uma longa caminhada, mas confio muito no meu potencial e vou seguir treinando para subir cada vez mais na categoria”, garante.
De volta ao país e já pensando em novos desafios, Charles do Bronx não esconde que deseja um reencontro com um velho conhecido. Em junho de 2011, ele finalizou Nik Lentz, mas o duelo teve o resultado alterado para “No Contest” após a Comissão Atlética da Pennsylvania julgar como ilegal uma joelhada do brasileiro no embate.
“Estou preparado para lutar com quem o UFC mandar, mas não tem como esconder que ficou algo mal resolvido com o Nik Lentz. Se pudesse escolher, seria com ele que gostaria de lutar. Depois daquela luta, ele me menosprezou em algumas entrevistas. Ele está sem luta marcada, eu venho de uma grande vitória, então faz sentido nos enfrentarmos novamente para eu vencê-lo outra vez”, encerra o lutador.
(Fonte: Assessoria de imprensa)