Sem desconfiar de nada, Victor Genovesi (Alliance), de 22 anos, entrou na academia de Jiu-Jitsu na noite de terça-feira, 20 de agosto, como faixa-marrom, e saiu de lá faixa-preta.
“Rapaz, a faixa pesa…”, Victor comentou pouco depois, ainda olhando com carinho para a nova graduação. “Mas está tranquilo, agora tenho a vida inteira para me acostumar com ela”.
A cerimônia na Alliance no Leblon foi rica em emoção, mas também arrancou gargalhadas. “Agora olha só, se eu te pegar usando a minha faixa vai dar briga”, ralhou Alexandre “Gigi” Paiva, pai e professor de Victor.
“Semprei pensei no que ia dizer neste dia, mas quando chegou a hora deu um branco brabo. Bem, galera, agradeço a todos os companheiros, e o que vem na minha cabeça é isto, o que o Jiu-Jitsu tem de mais valioso é essa capacidade de mudar a vida das pessoas para melhor. Todo mundo devia experimentar o Jiu-Jitsu. Pretendo continuar competindo, ensinando e melhorando como pessoa, para deixar algo marcante e significativo para vocês”, discursou o lutador, que pretende perder uns poucos quilos e ir de peso-pena.
“Ele provou estar maduro, tecnicamente mas especialmente como homem. Um faixa-preta não é um sujeito imune a erros, mas precisa ser um exemplo para os que estão a sua volta. Achei que era a hora certa de graduá-lo, e ele assim ainda tem tempo suficiente para chegar bem na próxima temporada. No início ele vai patinar um pouco, mas depois chega nas cabeças”, aposta Gigi.
Se ganhar a faixa-preta de Jiu-Jitsu já é uma conquista e tanto, imagine você chegar lá e graduar seu filho faixa-preta. Como você se sentiria?
Veja como foi com Gigi Paiva e Victor, na cerimônia no Rio de Janeiro, ao lado do também professor da escola Alexandre Puga.