A região Norte do Brasil é considerada um celeiro de campeões desde os primórdios das artes marciais. Dirigido, roteirizado e produzido por Heraldo Daniel, o documentário “O clã das jiboias – A origem do Jiu-Jitsu no Norte do Brasil” foi lançado no último sábado, 12 de novembro, no Cine Líbero Luxardo, no Pará, como parte da programação do Festival Pan-Amazônico de Cinema.
O objetivo do longa-metragem é promover um resgate histórico e antropológico da imigração japonesa, com protagonismo dos mestres Satake e Mitsuyo Maeda, popularmente conhecido como “Conde Koma”, no estado do Pará e com continuidade no Rio de Janeiro, por meio da família Gracie.
O longa é dividido em três atos: a imigração japonesa em Belém, a hegemonia de atletas campeões no esporte que migraram para o exterior e o momento atual da modalidade na região.
“O clã das jiboias” conta com a participação de diversos nomes importantes para a difusão do Jiu-Jitsu no Brasil e ao redor do mundo, como grande mestre Reyson Gracie, Luís Valois, Saulo e Xande Ribeiro, Wallid Ismail e tantos outros entrevistados.
Além dos âmbitos esportivo e histórico, o documentário ressalta aspectos culturais e costumes que permearam o desenvolvimento do Jiu-Jitsu no país, como o consumo do açaí, da tapioca, a medicina da florestas e os sucos naturais trazidos para o Rio de Janeiro pela família Gracie.
Diretor do filme, o ex-atleta Heraldo Daniel explicou o nome do longa. De acordo com Heraldo, não é preciso ser extremamente forte e grande para se destacar no Jiu-Jitsu. Um lutador magro, porém técnico e habilidoso, pode alcançar grandes feitos. O mesmo ocorre na natureza, já que a jiboia não é uma das maiores cobras, mas faz o mesmo estrago do que uma gigante.
O documentário tem cerca de 1h20 de duração e possui classificação livre.