Movido a desafios desde que o Jiu-Jitsu floresceu no Brasil, o clã Gracie segue presente nas mais diversas competições de luta agarrada pelo mundo.
Com o objetivo de evoluir sempre e quem sabe brigar por medalhas no futuro, os irmãos Rolles, Igor e Gregor, neste sábado, 10 de janeiro, no Rio, vão disputar vaga no time do Brasil na categoria estilo livre, em evento da CBLA.
E Gregor vem embalado, após vencer Darryl Christian, bicampeão americano e membro da seleção olímpica, durante evento de lutas casadas de wrestling realizado em Nova York, dia 21 de dezembro (relembre aqui).
O que os Gracie querem aprontar na luta agarrada? GRACIEMAG foi descobrir.
GRACIEMAG: Você está em alta após surpreender Darryl Christian no wrestling, no evento no Madison Square Garden. Como é vencer um atleta do calibre dele?
GREGOR GRACIE: Foi demais, eu sempre gostei de me testar contra grandes oponentes. E quando você faz uma luta assim e vence você tem a certeza de que está no caminho certo. Foi uma experiência única. Sobre o movimento que usei, não foi uma posição que eu treino, nem sei se existe posição assim. Foi no instinto mesmo. Sempre tive uma boa base e gosto de jogar por cima no Jiu-Jitsu, já dei vários giros parecidos com esse para me livrar de raspagens.
Que aspecto do Jiu-Jitsu você mais utiliza no wrestling?
O Jiu-Jitsu fornece uma noção de alavanca que nenhum outro esporte dá. Com isso, fica mais fácil entender certas posições e até adaptar outras. Meus irmãos e eu estamos nos dedicando bastante. Temos um dos melhores professores do mundo, o Hamid Kermanshah, que nos dá muita atenção. Quando não pode ir à academia, liga pra gente e fala o que a gente tem de treinar. Temos treinado wrestling todo dia e fazemos bastante preparação física também, porque é uma luta que requer muito mais esforço físico do que o Jiu-Jitsu.
Você e seus irmãos vão tentar uma vaga no time do Brasil. Sonham com a Olimpíada já?
Já estamos no Rio e vamos lutar a seletiva neste sábado, 10 de janeiro. Independente do resultado, estamos procurando nos aprimorar cada vez mais nessa luta. Nós temos pouca experiência, mas vamos competir mais para melhorar isso. A seletiva define o time que vai representar o Brasil em 2015. Vamos competir no estilo livre: eu na categoria até 86kg, Igor até 74kg e Rolles de pesado. É apenas um primeiro passo para sonhos maiores.