Se a essência da arte suave é a finalização, foi exatamente o que buscou Davi Ramos no Pan de Jiu-Jitsu Sem Kimono 2011, disputado em Nova York, neste sábado. Tendo feito um total de seis lutas para faturar o peso médio e o absoluto, Davi só não finalizou em uma. O faixa-preta de Cesar Casquinha vem se destacando nas competições sem kimono, já faturou, além do Pan, o ouro no Campeonato Brasileiro, além de ter feito a final do World Pro No-Gi deste ano com o companheiro da Atos Claudio Calasans.
Se no épico bíblico o pequeno Davi foi capaz de derrotar o gigantesco Golias, o faixa-preta conta como cresceu para a campanha perfeita em Nova York.
Confira o bate-papo com o GRACIEMAG.com:
Como foi a participação no Pan?
Fiz ao todo seis lutas e não finalizei apenas em uma. Fiz duas lutas na categoria e quatro no absoluto. Na única que venci por pontos, foi 14 a 0. Percebi que o adversário lutou apenas para não ser finalizado, aí fica difícil.
E a final do absoluto, contra o Kayron?
Ele me vencia por 2 a 0. Vinha tentando atacar ele na leglock e acabei passando para uma chave de panturrilha, de onde finalizei.
Você vem conseguindo melhores resultados sem o kimono, concorda? Prefere lutar com ou sem pano?
Gosto mais de lutar de kimono, mas, realmente, tenho conseguido os títulos mais importantes sem ele. Para este evento, treinei muito com o André Galvão, na preparação dele para o ADCC. Fazíamos todos os treinamentos juntos e aprendi muito com ele. Ele me disse que eu iria bem.
E você, esperava que ele também ganhasse peso e absoluto no ADCC?
O absoluto, ainda mais para nós que não somos das categorias mais pesadas, nunca dá para prever. Enfim, são muitas lutas contra caras duros e mais pesados. Mas imaginava que ele venceria o peso e que iria bem de uma forma geral. Ele treinou muito para isso, sempre dizia que era o título que faltava para ele. Ele estava com isso nos olhos.
Depois do Pan, o seu próximo passo é tentar o Mundial Sem Kimiono?
Volto para San Diego e continuo treinando com o André. Quero muito esse título mundial. Queria muito agradecer toda a ajuda do André, dos alunos da Atos e do Casquinha, quem sempre está em contato para me dar conselhos. Também agradeço ao Gilbert Durinho, que está sempre me dando boas dicas sobre a forma de eu lutar.