Demian Maia voltou a vencer bem no UFC 118, num triunfo por unanimidade contra Mario Miranda. O faixa-preta, em conversa com GRACIEMAG.com, explica porque esteve tão perto da finalização, mas não conseguiu fazer o oponente desistir. Na entrevista a seguir, Demian também comenta o fato de Anderson Silva, seu algoz na penúltima apresentação, estar no corner do adversário.
Confira o bate-papo:
Seu adversário foi trocado e veio o Mario Miranda. O que achou desse oponente?
Acabou não sendo o Alan Belcher, mas foi um adversário a altura, como o próprio cartel mostra. É um cara alto, completo, muito difícil de ser finalizado. Ele é forte para o peso e acredito que foi uma luta boa para eu voltar. Graças a Deus deu tudo certo e consegui fazer o que treinei.
O que faltou para conseguir finalizar a luta, já que muitas vezes esteve em situações próximas disso?
Primeiro, ele se defende muito bem, e numa situação muito difícil, que é se defender levando socos. No Jiu-Jitsu esportivo é uma coisa, mas no MMA é bem diferente. Ele se defendeu muito bem em posições difíceis. Não tentei pegar tanto nas costas e acho que poderia ter sido mais incisivo ali. Já o braço tentei pegar algumas vezes, mas ele realmente escapou. É uma coisa que preciso corrigir, mas é mérito dele também.
O que deve surgir para você no seguimento pelo UFC?
É uma mistura muito grande nesse peso (médio). Não quero esperar nada para não criar expectativa. Quero apenas lutar de novo, quando o Ultimate me chamar, e vencer para ganhar espaço.
Você já pensou em descer de categoria? Seria viável?
Viável é. Acho que conseguiria. Mas me sinto bem no médio. Nesse peso, nas minhas 15 lutas, tenho apenas duas derrotas e para atletas excelentes. Acho que é um pouco de ilusão achar que se baixar de peso vai ser mais fácil. Quem sabe não faça a experiência algum dia, não sou fechado a isso. Mas, por enquanto, não pretendo.
Com o Anderson no corner dele, só tive mais vontade de ganhar”, Demian
O Anderson ficou no corner do Mario. Vocês se falaram? Isso trouxe alguma emoção para você durante a luta?
Não converso e nem tenho relação com ele. Nos cumprimentamos normalmente, mas não temos relação pessoal nenhuma. Respeito, acima de tudo, o lutador que me enfrentou. O Mario Miranda é um excelente atleta e parece ser uma boa pessoa. Agora, com o Anderson no corner dele, só tive mais vontade de ganhar.
O que achou da finalização do Anderson contra o Chael Sonnen, aquele ataque duplo do triângulo, no puro Jiu-Jitsu?
Só o Jiu-Jitsu mesmo. É a arte marcial que o Brasil criou para o mundo e quem a treina sempre vai ter um trunfo na manga. Acho que ele é um cara inteligente, porque treina Jiu-Jitsu.