Dourado fala sobre MMA e diz que luta no Internacional

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Marcelo Dourado. Foto: divulgação

Marcelo Dourado, faixa-preta de Jiu-Jitsu que ganhou bastante fama após a vitória na segunda participação no reality show “Big Brother Brasil”, não nega: é um apaixonado pelas artes marciais. No bate-papo a seguir, enviado ao GRACIEMAG.com por Jovana Prazeres, que organiza o fã clube do ilustre lutador (@FCMDourado no Twitter), a fera comenta os novos projetos com a luta e confirma presença no Internacional de Masters.

Confira:

Como você vê essa onda positiva em relação ao MMA?

Na realidade, a tendência à pratica de artes marciais é constante aqui no Brasil. O judô esteve em alta, o Jiu-Jitsu também… No Rio Grande do Sul, o MMA esteve em alta nos anos 30. Rolavam desafios de vale-tudo, com outro nome, com mestres como Oswaldo Gracie como treinador de lutadores famosos à época. A guerra interrompeu essa ascensão. Como eu falo, é preciso entender de história. Já tivemos nosso esporte em alta na época de ouro, com o mestre Helio Gracie enfrentando Kimura no Jiu-Jitsu. A nova onda agora é o profissionalismo. Deixar os desafios de rua, pagar bolsas dignas para nossos lutadores, ver a imagem positiva de atletas dedicados e com envolvimento com o público em geral, com os fãs… Mas dos tempos dos gladiadores para os dias de hoje, precisamos ainda de respeito e profissionalismo.

Fale sobre o evento que você planeja em Santos e os planos como empreendedor nessa área…

Busco para o público, junto do Marcelo Nigue, um evento em que mostraremos como se inicia a carreira ou como deveria ser esse início no MMA. É um evento amador, com luvas mais macias, proteção para a cabeça, caneleiras, além das proteções habituais. O público vai entender ainda mais que o MMA é um esporte com regras específicas e que preza pela segurança e carreira do atleta. Espero que minha experiência de 31 anos dedicados às artes marciais e o conhecimento na área me ajudem a realizar bem este projeto.

Como andam os treinamentos, competições e planos do atleta Dourado?

Estou em preparação para o Internacional de Jiu-Jitsu na sênior, depois de passar três anos longe de treinamentos fortes e competições. O retorno foi difícil, cansativo e dolorido e, para falar a verdade, tá cada dia pior (risos)!

Você realiza uma palestra e surpreende muita gente. Era esperado esse tipo de reação?

Não por mim ou por quem me conhece. Sempre fui orador nas minhas classes de colégio, tenho uma formação cultural cultivada pela minha família, li e leio muitos livros mensalmente e consigo transformar em palavras e histórias minhas experiências dentro das artes marciais, Big Brother e minhas viagens. Respondo de maneira coletiva perguntas que se repetem diariamente. O interesse das pessoas contribui muito para que tudo dê certo.

E o lado professor, quando volta a ministrar aulas, já que é muito solicitado?

Primeiro, tenho que ter uma rotina fixa, sem viagens constantes e quebra de agenda, o que ainda é inviável. O evento em Santos, por exemplo, faz com que eu tenha disponibilidade de deslocamento quase que quinzenal. Mas os planos são de voltar a dar aulas o mais rapidamente possível, pois é o que estudei a vida toda e tenho muito gosto de fazer. É quase uma responsabilidade que me foi transferida por meus mestres. É necessário que estes ensinamentos possam ser desfrutados por outras pessoas, possibilitando uma transformação em suas vidas, tal como ocorreu na minha com estas práticas.

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