Em entrevista ao Sportv comentada aqui no GRACIEMAG.com, Vtor Belfort fez o seguinte comentário sobre o chute que deu início ao seu nocaute no UFC 126, no último sábado, na luta que valia o cinturão de médios da organização: “Se ele tentasse aquele chute dez vezes, só ia pegar um. Mas pegou, fazer o quê? Méritos totais para ele, que é o grande campeão. Vou voltar ainda mais forte”.
Sim, mérito de Anderson. Sim, Belfort tem tudo para voltar ainda mais forte e tem condições de voltar a ser campeão, quem sabe até numa revanche ir melhor contra Anderson. No entanto, não foi um golpe de sorte e nem que em dez tentativas talvez acertasse apenas em uma.
Na verdade, a história prova o contrário. Lembremos da luta contra Forrest Griffin, adversário mais pesado e ex-campeão dos meio-pesados, um top da categoria. Anderson nocauteou com um soco de esquerda – teoricamente a mão mais fraca – e, ainda por cima, andando para trás. Antes disso, com golpes certeiros, já havia levado Forrest a knockdown.
Pode ser até que venha a perder, mas Silva é diferente. Me arrisco a dizer, numa comparação com o futebol, que luta no estilo Garrincha – showman -, mas deve ter a carreira prolongada e mais feitos, como Pelé.
Anderson faz arte dentro do octagon. Além de aplicar com êxito técnicas que muitos até deixam de lado, quando mistura golpes de Jiu-Jitsu, capoeira, muay thai, boxe, taekwondo e aikidô, entre outras lutas, tem como principal característica a precisão. Anderson é muito preciso, como se tivesse uma mira para acertar o ponto exato do oponente numa fração de segundos. Parece que vê o adversário em câmera lenta. Se isso é coisa de super-herói, de filmes e histórias em quadrinho, não à toa seu apelido é “Homem Aranha”!
No vídeo abaixo, num treino descontraído nos preparativos finais para a luta, já dá para perceber. Mesmo num treino leve, é possível observar que Anderson executa os movimentos como quase ninguém neste planeta consegue.
Confira e entenda por que o Aranha é diferente: