O BJJ Stars chega recheado de grandes duelos no dia 23 de fevereiro, no ginásio do Hebráica, contando com vários craques do Jiu-Jitsu mundial em duelos eletrizantes. Em uma dessas batalhas, o atleta da Sloul Fighters João Gabriel Rocha terá a missão de bater o recordista de títulos mundiais na faixa-preta Marcus Buchecha.
Para João, encarar Buchecha já se tornou um clássico: Só em 2018 eles se enfrentaram duas vezes, e em outras ocasiões anteriores eles já mediram forças, sempre com Buchecha na vantagem. Para desequilibrar a disputa ao seu favor desta vez, porém, João terá uma abordagem diferente.
“Na hora da luta terei de estar preparado para tudo. Ele é bom em todas as áreas e é muito difícil lutar contra um adversário desse porte, mas a cada vez que nós nos enfrentamos a luta fica mais parelha, sendo decidida nos detalhes. As últimas duas, por exemplo, foram na decisão dos árbitros. Estou bem focado, me sentindo cada vez mais próximo e sei que falta pouco, vou superar esse detalhe e sair na porrada.”
Confira a entrevista completa abaixo!
GRACIEMAG.com: O que você achou do evento BJJ Stars no geral? O formato, os nomes convidados. Como você acha que um evento desse porte impacta no cenário do Jiu-Jitsu?
JOÃO GABRIEL: O evento está maravilhoso em termos de card e infraestrutura. Não perde para nenhum evento internacional, muito bem organizado e é muito bom ter esse tipo de evento no Brasil. Hoje em dia todo mundo está fora, os faixas-pretas do adulto que competem em alto nível não estão mais no Brasil, então o público do Brasil fica carente de ver um evento grande assim. Os principais nomes lutam torneios como o Mundial, Pan, Europeu, além dos torneios de superlutas, e são todos fora do Brasil. O BJJ Stars chega para movimentar o mercado do Brasil, que está ficando melhor. Acho, inclusive, que a galera tem que apoiar na compra de ingressos ou pay-per-view, porque é uma forma de apoiar o esporte. Se o evento conseguir lucrar vamos ter mais eventos desse tipo.
Como foi o chamado para o BJJ Stars e qual foi a sua reação ao saber que enfrentaria mais uma vez o Marcus Buchecha?
Estava no Brasil e o Fepa Lopes me contatou pra saber se eu teria disponibilidade para lutar nessa data. Já fiquei amarradão pelo simples fato de poder lutar no Brasil, ainda nem sabia qual era o adversário. Sinto falta de lutar no Brasil, então já praticamente topei só por isso. Logo em seguida, ele veio conversar e falou que seria o Buchecha. Aceitei de cara, porque é uma luta que me interessa muito e não tive dúvidas ao topar o desafia para emendar um camp no outro.
Vocês são adversários há anos, e sempre travaram batalhas duras. O que o João tem de novo para trazer pro jogo desta vez?
Para ser bem sincero eu não mudei quase nada para enfrentar o Buchecha, mas eu tenho um motivo para isso. A cada vez que nós nos enfrentamos a luta fica mais parelha, sendo decidida nos detalhes. As últimas duas, por exemplo, foram na decisão dos árbitros. Já lutamos algumas vezes e ele saiu com o braço levantado em todas, mas eu estou bem focado, me sentindo cada vez mais próximo e sei que falta pouco, vou superar esse detalhe e sair na porrada, fazer o que eu sei e jogar o jogo. Quem conseguir botar as cartas na mesa primeiro vai sair vitorioso.
Qual a diferença de morar e treinar nos EUA no que isso te fez melhor que outrora?
O pessoal aqui não tem distração. A gente se distrai muito fácil na nossa cultura, exemplo: ir par a academia a pé. Você para pra conversar com um amigo na rua, troca uma ideia e acaba chegando atrasado. Não faz o aquecimento direito, ou treina menos do que deveria. Aqui nos EUA não tem isso. Todo mundo chega no horário e com muita vontade de fazer tudo certinho, respeitar as normas da academia. O foco aqui é maior, do treino para casa e de casa para o treino. Tudo melhora, o lifestyle do Jiu-Jitsu está 100%, sem distração alguma. Não é ruim estar com as pessoas que a gente gosta, mas aqui eu foco totalmente em viver o esporte.
Qual o maior perigo que o Buchecha pode trazer para esta luta?
O perigo é lutar com o Buchecha no geral. Todo mundo ressalta o jogo em pé dele, mas ele puxando também é complicado de passar. Ele é bom em todas as áreas e é muito difícil lutar contra um adversário desse porte. Ele tem 11 títulos mundiais, quatro deles passando por mim, então não tem pra onde correr.
Qual a sua previsão pro combate? Tem uma estratégia montada para encarar a fera?
Eu já fiz estratégia e já não fiz estratégia para enfrentar o Buchecha, e até agora não deu certo em nenhuma das vezes. De uns tempos para cá eu entendi que eu tenho mais é que focar no meu jogo, na minha preparação. É complicado traçar uma estratégia, visualizar um cenário e na hora da luta ter que mudar tudo. Então, pela imprevisibilidade eu prefiro fazer o meu e na hora da luta estar preparado para tudo.
BJJ Stars
Clube Hebraica, São Paulo (SP)
Sábado, 23 de fevereiro de 2019
Card principal
Erberth Santos x Felipe Preguiça
Leandro Lo x Nicholas Meregali
Marcus Buchecha x João Gabriel Rocha
Wellington Megaton x Marco Barbosinha
Isaque Bahiense x DJ Jackson
Roberto Godoi x Renato Babalu
Patrick Gaudio x Tim Spriggs
Fernando Tererê x Delson Pé de Chumbo
Celsinho Venicius x Gabriel Rollo
Michelle Nicolini x Bia Basílio
Carlos Eduardo Silva x Ricardo Pingo
GP Meio-Pesado
Adriano Silva (B9) x Diego Gavião (Guigo JJ)
Jurandir Vieira (G13) x Rodrigo Serafim (Alliance)
Luis Marques (LR Xtreme) x Diogo Almeida (Almeida JJ)
Chico Salgado (BTT) x Paulo Procopio (X-Coach)