Gilbert “Durinho” Burns aproveitou o último dia de suas férias no Brasil para visitar a Alliance Rio de Janeiro com a esposa Bruna e os filhos Pedro e Joshua, no sábado, 24 de junho. Durinho chegou à escola liderada pelo professor Rodrigo Thiago após o treino da manhã e reencontrou amigos da equipe, especialmente Thiago, com quem carrega amizade de longa data. O peso meio-médio do UFC, com seu tradicional semblante alegre, compartilhou histórias e se divertiu com os amigos e a família na academia sediada no Leblon.
“As férias foram ótimas”, afirmou o faixa-preta de 36 anos. “Pude descansar, ficar com a família, reencontrar meus pais, ficar com vários amigos e fazer novas amizades. Foi um período importante para relaxar, fazer ótimos programas com os meus filhos e desacelerar o ritmo”, ressalta o quinto colocado no ranking dos meio-médios.
Durinho teve um primeiro semestre intenso. O niteroiense finalizou Neil Magny no UFC Rio, em janeiro, e depois derrotou Jorge Masvidal em abril. Menos de um mês após superar Masvidal, o brasileiro colidiu com Belal Muhammad na luta co-principal do UFC 288, em Nova Jersey. Durinho foi derrotado por decisão unânime dos jurados e ainda sofreu uma lesão no ombro esquerdo durante o confronto, o que o impediu de lutar em sua melhor forma.
Em bate-papo na Alliance Rio de Janeiro, Gilbert Durinho informou o estado atual de sua contusão e contou as lições que tirou da luta contra Belal Muhammad.
GRACIEMAG: Como você está fisicamente?
GILBERT DURINHO: Estou bem, o médico pediu para eu descansar bastante, inclusive, disse que tiraria férias e ele me falou que era o ideal depois de um ano intenso até aqui. Eu volto para a Flórida neste sábado e tenho uma consulta na terça-feira para avaliar a lesão. Por enquanto, ele pediu para eu colocar bastante gelo e fazer o tenser, método da fisioterapia que utiliza impulsos elétricos para exercer ação analgésica no sistema nervoso. Acredito que esse processo dure cerca de dois meses para eu voltar aos treinos de MMA.
Tem previsão de retorno à preparação física?
Vou voltar a treinar assim que chegar na Flórida. Vou malhar e fazer cardio para entrar em forma, mas o foco total está em recuperar da lesão. Aos poucos, eu serei liberado para realizar cada atividade. Já consigo fazer alguns exercícios, só que ainda não 100%. Acho que eu consigo treinar bem Jiu-Jitsu, mas o boxe vai ficar mais para frente.
As férias no Brasil então foram proveitosas?
Sim, foi ótimo. Pude descansar, ficar com a família, reencontrar meus pais, ficar com vários amigos e fazer novas amizades. Foi um período importante para relaxar, fazer ótimos programas com os meus filhos e desacelerar o ritmo.
Que lições você tirou da derrota para o Belal Muhammad?
Eu adquiri diversos aprendizados naquela luta. Mesmo com a lesão, consegui lutar os cinco rounds, o que foi um motivo de dúvida no decorrer do combate porque eu não sabia se teria condições de continuar. Estava com medo de piorar a lesão e sabia que seria difícil ganhar com o braço machucado. Mesmo assim, fui resiliente e segui até o final. Tive várias lições pessoais daquele dia. Talvez eu tenha acelerado o processo, o que pode ter sido um erro. Levei o Belal Muhammad a sério, já sabia que ele seria um oponente duríssimo e talvez fosse necessário um camp completo para enfrentá-lo. Também vou ajustar alguns aspectos no meu treinamento, mas a principal lição foi de não acelerar o processo.
Como se manter totalmente confiante após uma derrota?
Não muda nada, eu ainda estou perto do cinturão. Depois da luta, recebi uma ligação do Hunter Campbell, diretor de negócios do UFC, e ele disse que gostaria de ter mais lutadores como eu na organização. Acredito que mais duas vitórias me colocam na mira do cinturão. O que me motiva é que sei que estou perto de realizar meu sonho. Existem problemas no decorrer da caminhada, é natural, e este é só mais um que eu preciso entender a lição para melhorar e seguir em frente.
Você ainda pretende lutar em 2023?
Sim, espero fazer mais uma luta, mas o foco real está na recuperação completa da minha contusão para depois pensar em lutar. Acredito que consigo voltar em dezembro, mas ainda não tenho um adversário em mente. Já lutei três vezes em 2023, vou ter de esperar alguns ranqueados lutarem para escolher o oponente, o ideal seria alguém perto do top cinco.
É uma possibilidade lutar no UFC São Paulo?
Acho que a data vai ficar muito apertada. O UFC São Paulo está previsto para 4 de novembro, acredito que estarei 100% recuperado até o final de agosto, é o que espero, pelo menos. Pretendo treinar forte em setembro e em outubro e talvez em novembro para voltar da melhor forma possível, talvez em São Paulo, ou mesmo em dezembro.