Aos 33 anos, Alan “Finfou” Nascimento está novamente confirmado em um Mundial de Jiu-Jitsu. O peso médio radicado na Suécia fez parte do seu camp na Europa mesmo, com o seu aluno faixa-roxa Alexander Gustafsson, astro do UFC no meio-pesado.
Finfou então voou para a Califórnia para fazer os últimos ajustes no camp da Checkmat, que contou com a presença de Léo Vieira, Marcus Buchecha, Lucas Leite e dezenas de feras da equipe.
Empolgado, Alan destacou sua experiência e analisou sua categoria na competição que começou ontem e termina domingo, com os faixas-pretas. Para ver tudo ao vivo, clique aqui.
GRACIEMAG: Qual será sua cartada para o Mundial de Jiu-Jitsu em Long Beach?
ALAN FINFOU: A experiência, sabedoria e fé serão alguns aspectos fortes do meu Jiu-Jitsu na Pirâmide. Eu venci alguns opens da IBJJF antes do Mundial, e isso me trouxe mais confiança para as próximas batalhas. Eu sempre procuro ter bom rendimento, ou seja, quero impor e desenvolver meu jogo com boa estratégia. Acho que já devo ter lutado 12 Mundiais. Comecei a treinar com 13 anos e hoje já estou com 33! Continuo com a mesma alegria em estar competindo. Hoje luto com atletas dez anos mais novos que eu. Cada um tem seu vício na vida, ninguém é perfeito. Jiu-Jitsu é meu vício e não consigo viver sem, pois sempre foi o que fiz a vida toda.
Como foram esses treinos com o Alex Gustafsson de kimono?
Agora que ele está sem data prevista para lutar com o Jon Jones, aproveitou para treinar Jiu-Jitsu tradicional, e está dificultando a vida de todo mundo [risos]. Alex está até pensando em fazer alguma competição de Jiu-Jitsu. Ele é um faixa-roxa bem dedicado e tem futuro de kimono também! Terminei meu camp para o Mundial com a galera da Checkmat aqui na Califórnia, os treinos foram ótimos.
Que análise você faz da divisão dos médios, recheada de talentos como Otavio Sousa, Leandro Lo, Claudio Calasans, Victor Estima e outras feras?
Se tivéssemos um Mundial todo mês, o peso médio seria a categoria que mais mudaria de campeão, pois todos podem chegar. Eu acredito e me dedico em meu trabalho para que desta vez possa ser eu. O bagulho vai ficar doido! Mas me vejo com as mesmas chances de ser campeão do que os outros, como qualquer atleta se vê. Eu não acredito em ser humano invencível, se eu não sou invencível quem mais pode ser? Todos são excelentes atletas, mas para mim todos estamos sujeitos a erros o tempo todo.