A faixa-preta Ronda Rousey não para de impressionar os fãs do UFC. No último sábado, a beldade despachou a desafiante Cat Zingano em segundos, para se tornar a campeã com a defesa de títulos mais rápida da história do Octagon.
Mais qual é o feitiço de Ronda, a espécie de mágica que a torna tão especial? A equipe GRACIEMAG foi tentar descobrir, em papo com o professor Flávio Canto, fundador do projeto Reação, e ele também um especialista tanto em derrubadas como em armlocks. Confira!
GRACIEMAG: Qual foi o detalhe da chave de braço de Ronda que mais chamou sua atenção?
FLÁVIO CANTO: A velocidade de transição da Ronda é o que faz dela uma atleta tão especial. Não basta ter um bom chão, é fundamental saber lutar num momento em que a maioria dos atletas não age. No judô você está sempre correndo contra o tempo. Alguns segundos sem objetividade e o juiz interrompe a luta e obriga a voltar em pé. O dinamismo dela vem daí. Passou a vida lutando contra o tempo e aprendeu a aproveitar cada pequena oportunidade, em especial naquele rápido instante entre o “em pé” e o “solo”. Por isso ela é espetacular.
Ela quase caiu por baixo no primeiro instante da luta. Aquela capotada da Ronda é comum para vocês?
Bastante. É uma posição que eu também fazia muito nos treinos de judô. Ela adaptou de forma majestosa ao MMA.
Cat Zingano errou ao se afobar e partir com tudo para cima da atual campeã peso-galo, na sua visão?
Sem dúvida a Cat fez uma besteira. Ela fala muito que não se preocupa com estratégia, que só pensa no que vai fazer quando sobe no octógono. Depois dessa derrota ela vai ter de rever esse conceito. Ela foi para cima com tudo e justamente na “praia” da Ronda. Já chegou abraçando e tentando derrubar. Sua afobação custou caro. Muito coração e pouca cabeça contra uma atleta superior como a Ronda é fatal.
* E para você, leitor? Qual foi sua análise da última vitória de Ronda Rousey?