Em fevereiro de 2009, publicamos uma edição especial sobre guarda, a GRACIEMAG #144, com mestre Rilion Gracie na capa. No interior da revista, Rilion falou sobre os estágios de evolução do seu jogo por baixo:
“Na faixa-azul, tive a primeira luz, percebi que, se eu não conseguisse neutralizar o adversário dentro da minha guarda, posição em que tenho milhões de opções de barreiras e ataques, eu estaria morto se ele driblasse minhas pernas e chegasse ao cem-quilos. No cem-quilos, eu teria que fazer o triplo de força, sofrendo com o peso do adversário em cima do meu peito, amassando meu pescoço, minhas orelhas… Então, minha primeira preocupação como guardeiro foi: não posso perder a guarda, o adversário não pode passar!”.
Entrevistado naquela mesma edição, Carlos Gracie Jr. elaborou a seguinte metáfora: “A guarda é a fortaleza do lutador de Jiu-Jitsu. Você escolhe se prefere lutar com ela aberta ou fechada. Numa guerra, o que é mais inteligente? Começar a guerra de portões fechados, claro. Na guarda fechada, você está guerreando com o inimigo fora dos seus muros. Se o adversário abre a sua guarda, ele derruba a sua porta levadiça. É a posição limítrofe, que obviamente exige nova estratégia. Agora, se o inimigo invadir, ou seja, passar sua guarda e chegar do lado, a batalha começa a se desenrolar dentro dos seus domínios, com você muito mais exposto. Aí complicou, vai exigir muito mais força para se defender”.
Os depoimentos de Carlinhos e Rilion serviram como bússola para guiar a equipe de GRACIEMAG durante a confecção desta edição especial sobre reposição de guarda, um fundamento precioso, mas que, muitas vezes, é negligenciado tecnicamente ao longo dos anos de aprendizado do Jiu-Jitsu.
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