“A ficha ainda não caiu’, disse a judoca Danielle Zangrando, após descobrir a gravidez por acaso.
Ela então vai encerrar carreira em novembro como planejado, nos Jogos Abertos do Interior, mas de um modo que não podia imaginar. Em vez de usar o kimono para lutar, Danielle fará uma despedida simbólica, provavelmente com a filha, Lara, nos braços.
“Provavelmente, não vou poder lutar. A Lara deve nascer no fim de outubro e os Jogos Abertos serão na primeira quinzena de novembro”, diz ela, que descobriu estar grávida por acaso. “Estava treinando normalmente e comecei a sentir coisas estranhas, taquicardia, os mesmos sintomas de um problema de tireóide de fundo emocional que tive em 2004”, conta. “Fiz tratamento até 2008, tive alta e, de repente, volta tudo? Resolvi fazer um checape. Os resultados deram muito alterados e, como a menstruação estava atrasada, a médica pediu um teste de gravidez. Foi aí que descobri que já estava com quase quatro meses de gestação. Levei um susto!”
Grávida de primeira viagem, a judoca nem chegou a pensar no que gostaria de ganhar neste Dia das Mães: “Acho que quero o que toda mãe quer: muita saúde para o filho”.
Apesar de inesperada, Danielle afirma que a gravidez veio na hora certa. “Eu já estava sofrendo muita pressão. Dos pais, do meu marido, o Maurício, até do meu irmão, que acabou de ter um filho. Minha mãe, então, não tem do que se queixar. Ela queria muito ter netos e agora eles vêm por atacado. Acabou de ganhar um neto há dois meses e já pode se preparar para a chegada da neta”, diz ela, que não vai abandonar o judô completamente. “Vou continuar minhas ações sociais, levando a filosofia do judô a instituições e escolas, vou continuar a dar palestras e a trabalhar como comentarista de TV nas competições.”