Hillary Williams se despediu de 2009 afirmando que sua meta para 2010 era lutar pelo menos 15 campeonatos.
E a faixa-marrom da equipe Westside Jiu-Jitsu decidiu começar a temporada no próximo dia 31, disputando uma vaga em Abu Dhabi, na estreia da divisão feminina do World Pro Jiu-Jitsu.
Ela vai disputar a seletiva na costa leste americana, em Boca Raton, Flórida, e falou sobre suas expectativas e os treinos durante as férias. E você, já se inscreveu? Então clique aqui.
Quais suas expectativas em relação à seletiva para World Pro Jiu-Jitsu Cup? Você se considera a favorita?
Depois que criaram a divisão feminina, eu entendo que não posso perder uma oportunidade como essa. Vou para a Flórida no dia 29 de janeiro. Estou num caminho bom desde 2009, e sei que posso vencer a seletiva. Mas qualquer coisa pode acontecer numa luta, então tenho que estar bem preparada. Na verdade, devo ser uma das atletas com menos experiência. No ADCC 2009, acho que surpreendi algumas pessoas (inclusive a mim mesmo), e agora não penso em outra colocação que não seja o topo do pódio.
Como estão os treinos?
Usei as férias para visitar várias academias, com o objetivo de apanhar e aprender. Já passei nas academias de Renato Tavares, Tom DeBlass, Albert Hughes & Tony Tipton. Agora estou treinando com o Roberto Cyborg, e depois vou para Vegas. Todos eles estão corrigindo meus erros, para eu chegar com um jogo mais justo nos campeonatos.
Como viu a inclusão das mulheres já nesta segunda edição da World Pro JJ Cup, em abril?
Adorei. Queria muito ter competido no ano passado, quando muitos amigos meus foram para lá lutar. Eu entendo que para as mulheres o Jiu-Jitsu ainda está crescendo como esporte, mas para isso tem que haver mais campeonatos para as mulheres, como esse.
Como lutar quando há só duas categorias de peso, como em Abu Dhabi?
Isso é um problema grande. No masculino você nunca vê um cara lutando com alguém com 20 ou 30kg a mais do que o outro. É muito parecido com o absoluto, o que tira a oportunidade das mulheres mais leves. Ninguém gosta de falar isso, mas força e tamanho contam. Ao mesmo tempo, eu entendo que por enquanto tem que ser assim, afinal as categorias iriam ficar vazias.
Lutar na Flórida para você talvez seja lutar em casa, certo?
Sim, estou sempre na Flórida para ver meus parceiros de treinos, que viraram grande amigos. É sempre um prazer treinar com o Renatinho (Tavares) na ATT Vero Beach. Ele é incrível, um mestre de verdade, que tem uma resposta pra qualquer dúvida que você tem no Jiu-Jitsu (tem mais de 35 anos nesse esporte). Eu o conheço desde que eu era faixa-azul e ele não aceita menos do que a perfeição comigo, o que me faz melhorar muito rápido.
Já na academia do Cyborg só tem treino bom pra mim. Se não são os alunos que treinam até morrer, é com ele que eu treino. Apesar de ele ser um super-pesado e ter força demais, comigo ele treina somente um pouco acima de meu nível para me ajudar. Ele esteve ao meu lado nos grandes campeonatos em 2009, e sabe bem o que eu preciso fazer para melhorar, nos treinos e campeonatos.