Marcelo Polatto é piloto de moto velocidade e participa de campeonatos de superbike 1000 cilindradas, além de ser gerente de engenharia e projetos em uma multinacional americana. O envolvimento com o Jiu-Jitsu começou na década de 90, mas, nos últimos anos, o piloto e engenheiro adotou de vez a arte suave ao seu cotidiano.
“Comecei a praticar com o Carlos Liberi, que já era uma referência na região de Campinas em 1993. Após alguns anos entrei na faculdade de Engenharia e, com muita dor no coração, tive que parar de treinar. Voltei há dois anos incentivado pelo meu amigo faixa-preta Fernando Nogueira Rodrigues, mais conhecido como Kabide, e incrivelmente a minha vida mudou muito. O Jiu-Jitsu proporcionou novamente o equilíbrio que tanto eu precisava e até hoje lamento o tempo que passei sem treinar”, diz.
Mas, o que o Jiu-Jitsu tem a ver com o bom desempenho nas pistas? Polatto explica:
“Por exemplo, no circuito de Interlagos, na reta dos boxes, chegamos a 300km/h de velocidade e a pressão aerodinâmica no corpo e principalmente na cabeça do piloto, em determinados momentos, é enorme. O pescoço chega a suportar um peso de 20kg. O Jiu-Jitsu contribui muito no fortalecimento do pescoço, abdômen, braços e pernas, além de dar a flexibilidade necessária para fazer o pêndulo que é necessário para o posicionamento, puxando a moto para o chão nas curvas”, diz ele que, ao lado do faixa-preta Kabide, na equipe Team for Speed, conquistou pódios importantes como nas 500 milhas de Interlagos e em provas que chegam a durar seis horas.
Mas, segundo Polatto, os benefícios não param por aí.
“Diminui o estresse do dia-a-dia; me sinto mais disposto e em forma; auxilia no equilíbrio mental, diminuindo a ansiedade e até auxiliando em decisões importantes; além da disciplina e concentração”, fala.
E o amor pela arte suave é tão grande que não poderia ser esquecido nas pistas.
“Como homenagem ao Jiu-itsu Gracie Barra, nas corridas sempre uso por baixo do macacão a camisa GB e temos colado um adesivo da equipe nas motos”, encerra.