Maduro e inteligente, Langhi explica os treinos para vencer mais um Mundial

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Michael Langhi. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Bicampeão mundial dos pesos leves em 2009 e 2010, Michael Langhi retorna ao maior evento do Jiu-Jitsu aliviado e feliz, após ter regularizado seu visto, atribulação que o fez ficar fora do Mundial 2012.

O aluno prodígio de Rubens Cobrinha, na Alliance, já sonha em voltar a sentir o peso do ouro no peito, no Mundial que começa no fim de maio. E, se possível, Langhi quer ter seu trabalho “facilitado”.

“A Alliance está chegando com um esquadrão no leve, seria bom fechar com meus companheiros. É prazeroso e facilita nosso trabalho”, comenta ele. Veja o que mais aprendemos com ele, a seguir.

GRACIEMAG: Você foi campeão mundial em 2009 e 2010, ficou com o bronze em 2011, no reinado de Gilbert Durinho, e por fim viu Leandro Lo no topo da categoria. Como seu treino mudou em relação ao de 2009?

MICHAEL LANGHI: Estou treinando muito mais do que antes, mas estou mais inteligente também. Meus treinos estão muito bem planejados e distribuídos, estou conseguindo treinar todos os aspectos da melhor forma possível. Estou de volta mais forte do que nunca e com vontade de lutar. A estratégia é descer a porrada lá, e ficar na frente dos meus oponentes o tempo todo.

A maturidade é a palavra chave este ano?

Estou com certeza muito mais maduro e experiente, por isso o objetivo de ficar tentando sempre estar na frente dos meus oponentes, tanto no placar como nas movimentações. Mas, na verdade, o diferencial vai ser a vontade de vencer. Não pude lutar ano passado por conta de uns problemas com meu visto. Tudo resolvido, estou de volta e com certeza ninguém quer esse ouro mais do que eu. Podem esperar muita vontade e um Langhi dando tudo de si para conquistar mais este Mundial. Estou disposto a fazer o que for para sair de lá campeão. Estou treinando todos os quesitos e todas as situações que podem ocorrer na luta, então vou estar preparado para tudo.

Como você vê essa disputa com o Leandro Lo, que vai brigar pelo bi dos leves?

Na verdade não tem rivalidade. Lo é um excelente atleta, com quem já lutei três vezes e ainda não o venci, mas é só isso. Não acho que temos uma rivalidade, nos damos muito bem e já tivemos oportunidade de conversar bastante. Ele tem meu respeito, e a maior forma de eu provar isso é me preparar o máximo possível caso a gente lute novamente. Se a luta acontecer, vou dar meu máximo e não vou pensar em nada além da vitória. Ele também vai vir com o mesmo pensamento, então quem vai ganhar com isso é o público, que vai assistir a uma guerra.

Quem deve decidir a categoria, na sua visão?

A minha meta e a da Alliance é fecharmos a categoria leve. Temos vários atletas inscritos neste peso, e seria bom fechar com meus companheiros. É prazeroso e facilita nosso trabalho. Eu estou com muita vontade de chegar lá, afinal como disse vivi um pesadelo e não pude lutar. Então estou com aquela gana de ser campeão mundial acumulada (risos).

O que passa na sua cabeça minutos antes de encarar um oponente no Mundial?

Apenas tento pensar em tudo que treinei para estar ali. Penso no meu treinamento e na estratégia traçada para aquela luta, relembro que dei meu máximo e que me preparei da melhor forma que pude. Não tenho o que temer. O meu lado psicológico é trabalhado treinando, quanto mais treino mais confiante eu fico. Procuro falar muito com minha família, esposa e meus treinadores. O Fabio (Gurgel) está sempre me aconselhando e me ajudando ali perto. E outra pessoa que me ajuda muito e me passa bastante confiança é meu professor, o Cobrinha. Ele sempre fala o que preciso escutar e me mantém sempre confiante.

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