A Alliance domina a divisão masculina do adulto no Jiu-Jitsu desde 2008.
Sua receita é interessante. Para ser campeã por equipes no adulto masculino do Mundial, bastaram sete medalhas de ouro entre as 40 categorias contidas nas quatro faixas (azul, roxa, marrom e preta).
E mais sete pratas e dez bronzes.
Como cada ouro vale nove pontos, a prata, três, e o bronze, um, o time somou 94 pontos – 41 a mais que a vice-campeã CheckMat.
Sete ouros em 40? Não é tanto, certo?
É, sim. Significa um campeão para cada 5,7 categorias, a mesma proporção de vices, além de um bronze para cada quatro pódios existentes no evento.
No total, a Alliance esteve em 17 cerimônias de premiação, com 21 atletas.
É quase metade do número de cerimônias celebradas no adulto masculino (40).
Na preta, sete combatentes da Alliance pisaram no pódio. Bernardo Faria o fez duas vezes (terceiro no absoluto e primeiro no superpesado).
Na roxa, outro mineirinho, Fernando Reis, ganhou o duplo ouro para a academia da Águia, no absoluto e pesado.
Eis a lista de pontos ganhos pela Alliance por faixa:
Azul: 9+3+3+1+9+1 = 26
Roxa: 9+1+3+1+3+9+9 = 35
Marrom: 9+3+1 = 13
Preta: 3+1+1+3+1+9+1+1 = 20
Total: 94
É uma campanha tão forte que se a Alliance zerasse na faixa-preta ela ainda assim venceria.
Fabio Gurgel, o general da equipe, fala um pouco dos números. “Você tem de se dedicar aos fundamentos técnicos do Jiu-Jitsu e conhecer todos os seus membros afiliados e representantes”, analisou Gurgel.
“Nossos atletas não vêm de um só lugar. Temos atletas de Porto Alegre, Helsinque e Nova York, entre outras localidades. Sabíamos que a competição na preta seria muito dura, e que seria difícil para um único time dominá-la, devido ao calibre de adversários como Leandro Lo, Marcus Buchecha, Rodolfo Vieira, Tanquinho, Galvão, Gui e Rafa Mendes, Barral e outros. Apesar da qualidade dos nossos guerreiros da Alliance, esse exército de oponentes não poderia ser derrotado de uma vez, num único torneio, por um único time. Então, o que fazer? E como fazê-lo? Como assegurar o sucesso continuado? A resposta é investir e consolidar a base”, ensinou.
A declaração de Gurgel é baseada na lista de medalhistas nas faixas não-pretas (azul, roxa, marrom).
Campeões: Hiago Gama (Brasil), Teemu Koivisto (Finlândia), Eduard Lisboa (Brasil), Fernando Reis (Brasil), Gianni Grippo (EUA).
Vices: Fabio Caloi (Brasil), Jeffrey Obar (EUA), Mansher Khera (EUA), Max Lindblad (Suécia), Egidio Neto (Brasil).
Terceiros: Nicholas Meregali (Brasil), Ram Ananda (Turquia), Zata Toscano (EUA), Andrew Scott (EUA).
Agora você sabe como a Alliance chegou lá. Não é a única receita, mas funciona.