O superpesado mineiro Bernardo Faria (Alliance) foi um dos grandes nomes do sábado no Mundial, em Long Beach. Bê mostrou sua consistência de sempre, despachando craques como Leandro Lo, nas quartas de final do aberto – a vitória sobre Lo, por 2 a 0, veio em sua especialidade, a raspagem com o uso do paletó do kimono, movimento apelidado por alguns professores da antiga como “raspagem fio-dental”, já que o pano passa no meio das pernas, como a fita no meio dos dentes.
Veio então, pouco mais de duas da tarde, a eletrizante semifinal com o atual campeão absoluto, Marcus Buchecha. Bê começou na frente, avançando como um búfalo para raspar. Buchecha devolveu e empatou, mas a dois minutos o atleta da Alliance meteu 4 a 2 e deixou o ginásio da Pirâmide Walter em suspense. Foi quando Buchecha foi no leglock, raspou de volta e, com o 4 a 4 no placar, venceu nas vantagens.
A manobra, vista como legal pelo juiz Muzio de Angelis, foi criticada pela cúpula da Alliance, que viu Buchecha segurar na boca da calça antes de mover a perna de Bernardo. “Se houve a pegada ilegal, ele largou tão rapidamente que não deu tempo nem de eu dar um tapa na mão dele. Raspagem legal”, comentou Muzio.
Bernardão comentou com GRACIEMAG como se sentiu, e deu uma aula de perder com elegância. “Fico chateado apenas por ter perdido por uma manobra fora das regras. Eu queria muito estar em mais uma final de absoluto. Mas, reconheço que já ganhei muitas vezes de forma injusta, hoje eu perdi. Paciência”, disse, abrindo o sorriso.
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