O faixa-preta João Costa está confirmadíssimo no ADCC 2022, em Las Vegas no mês de setembro. Dono de uma das melhores campanhas da peneira organizada por Mo Jassim em Balneário Camboriú, há duas semanas, o lutador da Fight Sports está empolgado para o evento principal, e falou das suas qualidades como competidor.
Dono de um vigor físico de impressionar e um wrestling afiado, João chega à sua melhor fase na carreira competitiva para procurar surpreender atletas mais experientes na busca da medalha de ouro no ADCC nos Estados Unidos.
“Acredito ter um wrestling muito bom para o Jiu-Jitsu”, avalia João. “É difícil me derrubar e consigo impor um ritmo de agressividade constante, que faz diferença. Hoje me sinto confortável jogando por cima e mesmo que não consiga passar a guarda, sei que é difícil me raspar. Mantenho a agressividade para poder abrir o jogo dos meus adversários. Mas se precisar também faço guarda (risos)!”
João falou sobre seus treinos e táticas para o evento em setembro: “Minha ideia é focar ainda mais no treino físico. Eu me senti bem, mas sei que lá o bicho pega ainda mais. Minha meta não é participar, é vencer o ADCC!”, dispara ele, que tem nove meses como faixa-preta.
Durante a campanha de ouro na seletiva do ADCC, João precisou medir forças com seu colega de time, Luccas Lira. Para ele, foi a parte mais difícil no torneio.
“Lutar com meu companheiro de equipe foi complicado, porque desde que ele chegou na Fight Sports a gente sempre foi muito próximo”, disse a fera. “Então sempre tive um carinho muito grande por ele”.
Na final até 99kg, João venceu Henrique Ceconi, e explicou o que fez diferença:
“Minha vontade de ganhar falou muito alto. Desde 2019, quando fui assistir ao ADCC, pus na cabeça que iria um dia participar desse evento. Poderia ser agora ou em dez anos, mas eu iria estar lá! Quando consegui ir à final eu sabia que era a minha chance. Em nenhum momento parei de atacar! E deu tudo certo”, vibra o novo astro.
Sem lutar no Brasil desde 2019, João destaca a principal mudança nesse tempo treinando Jiu-Jitsu nos Estados Unidos.
“Em agosto de 2019, lutei um campeonato de kimono no interior e me sagrei campeão e por coincidência meu pai também estava lá me assistindo, então o Velho tá me dando sorte! (risos). Com certeza hoje sou um atleta muito mais maduro e experiente. Provavelmente, a única coisa em comum entre mim e aquele João de 2019 é o coração, com uma vontade imensa de vencer!”, encerra o campeão.