Em fase de recuperação da quimioterapia, João Gabriel Rocha conta os dias para seu retorno aos treinos. O faixa-preta aguarda os resultados dos últimos exames para voltar a treinar Jiu-Jitsu, o que deve ocorrer em três ou quatro semanas. Tijucano, o atleta vai ficar fora pela primeira do Rio Open da IBJJF, ao lado de sua casa.
O Rio Open 2014, que tem início no dia 31 de julho, inscreve somente até o dia 22 de julho, por isso é bom garantir logo sua vaga para brigar pelo posto de melhor lutador da Cidade Maravilhosa. Já estão dentro feras como Nádia Melo, João Miyao, Theodoro Canal, Isaque Paiva, Paulo Baraúna, Kitner Moura, Alan Régis, Hugo Britto e os marrons Erberth Santos, Lucas Hulk e Gabriel Arges.
No torneio do ano passado, João fez brilhante campanha no peso e no absoluto, e só perdeu para a fera Leandro Lo. Em conversa com GRACIEMAG, o faixa-preta relembrou o combate de 2013 contra o magrinho, no Tijuca.
“A luta levantou a torcida. Achei que fui surpreendido, por ele não ter vindo tão agressivo como ele costuma ser. Lo usou bem a estratégia. E fica difícil punir o Lo de guarda aberta, mesmo que ele não faça muita coisa durante o combate; só o fato de estar com a guarda aberta torna muito difícil uma punição por parte do juiz. Lembro que eu ainda consegui virar o Lo, mas ele se contorceu e nem assim ficou de quatro apoios, continuou segurando a minha manga. O juiz não me deu vantagem, realmente foi uma posição difícil de julgar”, recorda a fera.
“Fiz muita força, mas não deu para emborcar o cara. Até hoje, só o Rodolfo Vieira passou a guarda dele. Contra um Lo passivo, nem ferrando que você consegue passar a guarda dele, pois ele está 100% preocupado em defender em vez de atacar. Apenas quando ataca o lutador realmente abre boas brechas para você atacar com eficiência. Se eu fosse mais estratégico, talvez vencesse”, reflete João Gabriel, que termina com um convite para o leitor: lutar no “Maracanã” do Jiu-Jitsu:
“Para mim, lutar no Tijuca dá a mesma emoção de um jogador de futebol que disputa uma final no Maracanã – acho até que é mais do que isso. Nasci dentro do Tijuca, comecei no Jiu-Jitsu ali. Quando era pequeno, via os Mundiais de Jiu-Jitsu como um verdadeiro caldeirão. Lutar nesse ginásio é o maior prazer do mundo para mim. Eu nem planejava entrar no Rio Open 2013, estava na preparação para o ADCC. Mas subiu algo dentro de mim e confirmei a inscrição nos últimos dias. Vou perder este, mas nos próximos vou estar”, encerra.
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