Peso pesado clássico, com jogo voltado para as finalizações no pescoço, Pedro Marinho está escrevendo seu nome na faixa-marrom. No início deste mês de dezembro, na Califórnia, o atleta da Gracie Barra Westchase foi campeão no Mundial Sem Kimono da IBJJF, ao vencer quatro combates, sendo dois por finalização.
“Fui fiel às minhas escolhas. Saí de casa cedo para conquistar medalhas de ouro e meu espaço”, reflete Marinho, ao comentar sobre seu segundo título mundial com selo da IBJJF.
O novo destaque da GB quer mais, porém ainda não pensa na faixa-preta de Jiu-Jitsu. “Eu tenho títulos no Pan-Americano e Mundial Sem Kimono, isso com apenas seis meses de faixa-marrom. Quero amadurecer e treinar muito mais para repetir esses dois feitos com kimono, em 2020. A faixa-preta é um processo natural de evolução; sigo trabalhando para subir o nível, seja dentro ou fora dos tatames.”
Marinho também aproveita para analisar a disputa na final da categoria médio. Contra o equatoriano Roberto Jimenez, outra estrela da nova geração, ele dominou as ações, fazendo dois pontos e cinco vantagens para vencer. Os pontos e as vantagens foram oriundos da aplicação da guilhotina. A seguir, com suas palavras, ele analisa a disputa que mais atraiu olhares entre os faixas-marrons.
“Não me lembro agora qual momento foi mais decisivo, posso dizer que foram todos”, diz. “Eu entrei nessa final somente para vencer, isso era o que importava para mim. Fiquei atento aos berimbolos, tentativas de quedas e deixei fluir meu jogo. Toda hora que ele vinha entrar nas minhas pernas, eu laçava o pescoço dele para tentar ajustar a guilhotina e foi assim boa parte da luta.”
Marinho acrescenta: “Lutar contra o Roberto é sempre muito difícil, ele é um dos melhores. Mas sempre ouvi dizer que se você quer ser o melhor, você deve ganhar dos melhores. Amo fazer essas lutas e mal posso esperar para a gente se encontrar na faixa-preta, já que ele foi graduado no fim do campeonato, e fazer boas guerras.”