Na estação de trem circula um ilustre lutador atento ao embarque correto com destino a Manhattan. José Aldo curte um pouco a folga em Nova York, depois de ter derrotado Kenny Florian no último sábado, no UFC 136. Passeios, visita aos amigos e compras com a esposa estão no “cansativo” itinerário. Foi por volta das 22h no Brasil (21h em NY), e nesta situação, que o campeão peso pena conversou com o GRACIEMAG.com. O resultado disso você confere a seguir:
Você venceu Florian sem sofrer, mas não foi como o público é acostumado a te ver. Algumas análises apontaram uma luta mais estratégica e até burocrática. O que acha disso tudo? Poderia ter arriscado mais?
Vamos por partes. Fiz uma luta perfeita, do jeito que a gente treinou e montamos a tática. Debatemos muito, assistimos vídeos e a conclusão que tivemos foi como a luta. Mas pelo fato de todo mundo conhecer o meu estilo, de eu ser um cara que vai para a frente o tempo todo, ficou faltando algo. Poderia ter feito mais, as pessoas sabem que tenho potencial para isso. Mas na luta é difícil e quem está lá dentro sabe o que dá e o que não dá para fazer, sabe o que está sentindo na pele. Enfim, acho que poderia ter rendido muito mais, mas pelo o que eu treinei e por ter um adversário como o Kenny Florian, fiz uma boa luta. Sempre analiso tudo depois para tentar voltar mais forte.
O Kenny dificultou muito? Todos sabem que ele pode ser perigoso, aproveitar o ground and pound muito bem, por exemplo…
Ele é um cara experiente, que joga cadenciando e em cima do seu erro. Ele está sempre esperando um erro seu. Poderia ter me soltado bem mais e arriscado, mas aí me abriria para um erro. Tenho que dar mérito ao Kenny, que é um adversário de alto nível e já disputou o cinturão em várias categorias.
Você tem ou não vontade de lutar na categoria de cima? E qual seria o motivo, tem dificuldade em bater o peso pena?
É um objetivo meu me testar na categoria de cima. Já joguei no peso de cima e no de baixo também. Não tenho dificuldade em bater o peso, é tranquilo. Existe o sacrifício, lógico, mas não tenho problema. Nesta última luta fui muito bem, continuei forte. É um desejo meu, mesmo. Um dia quero me testar no peso de cima, mas, por enquanto, não vejo isso acontecer. Quem vai decidir é o Dedé. O meu treinador vai saber o momento certo, deixo na mão dele. Estou bem na minha categoria e desejo defender muitos títulos ainda.
Vem sendo muito falado sobre a grande possibilidade de você se tornar atleta do Flamengo. Informações dão conta de que deve acontecer até o início do próximo ano. Como anda essa negociação?
Estou torcendo para acontecer, torço muito para isso sair. Vai ser bom para o Flamengo, vai ser bom para mim, para todo mundo! Como bom flamenguista, espero ser atleta do Fla, mas, se não for, não vou ter mágoa nenhuma. Continuarei torcendo, indo aos jogos.