Nosso GMI, o faixa-preta Leandro “Dodô” Nascimento faz um notório trabalho como professor na Mauro Ayres Brazilian Jiu-Jitsu, sediada em Ipanema, no Rio de Janeiro. Além de ministrar aulas aos adultos, “Dodô” apresenta a filosofia do Jiu-Jitsu às crianças e ensina técnicas de defesa pessoal aos pequenos. Ele também se divide na função de atleta e tem se aventurado nos campeonatos. Num dos torneios que disputou, Leandro foi medalhista de bronze no Sul-Americano 2021.
Em bate-papo com a equipe do GRACIEMAG.com, Leandro “Dodô” Nascimento contou detalhes do começo de sua trajetória no Jiu-Jitsu e explicou os benefícios das técnicas de defesa pessoal para crianças.
GRACIEMAG: Como começou a sua história no Jiu-Jitsu?
LEANDRO “DODÔ” NASCIMENTO: Minha história no Jiu-Jitsu começou porque eu era um adolescente muito pequeno e bem magro, era um pouco medroso por ser menor do que os outros. Tenho um amigo Diogo “Pato Roco”, na época nós jogávamos futebol juntos e ele era bem forte para um adolescente, muito guerreiro em campo, não cansava nunca, aí resolvi perguntar para ele o que fazia para ser forte. Ele me contou que treinava Jiu-Jitsu. Me convidou para ir numa aula e foi aí que conheci e me apaixonei pela arte suave.
Quais foram as maiores lições que o esporte te ensinou?
O Jiu-Jitsu me ensinou principalmente a ter confiança, atitude, encarar os problemas de frente, manter a calma nos momentos difíceis e nunca desistir dos meus objetivos.
Qual a importância da defesa pessoal para as crianças?
A defesa pessoal deixa a criança confiante, dá atitude, ajuda nossos pequenos a andarem de cabeça erguida, sem medo. E a criança sem medo aproveita muito melhor a infância e se torna mais feliz e, consequentemente, um adulto melhor.
O que te motiva a ensinar o Jiu-Jitsu para os seus alunos?
O que me motiva é a certeza de que eles terão uma vida bem melhor, saudáveis, confiantes, mais próximos da família e amigos. O Jiu-Jitsu é uma ferramenta maravilhosa, que só traz benefícios na vida do ser humano, seja qual for o seu.
Como você avalia sua trajetória no Jiu-Jitsu até o momento?
Eu avalio de uma forma bem positiva, tenho certeza que até aqui tem sido uma trajetória vencedora. Uma criança medrosa, fruto de projeto social, que ganhou confiança, teve a ajuda de muitas pessoas boas durante o caminho, mas com garra, honestidade e responsabilidade vive do esporte e consegue sustentar sua família.
Quando você percebeu que viveria em prol do Jiu-Jitsu?
Eu era um mero praticante, não pensava em viver do esporte. Eu trabalhava no comércio e cheguei a cursar até o quinto período de jornalismo. Trabalhava numa loja de esportes, quando depois de alguns anos perdi o emprego e, em 2009, surgiu o convite do amigo André Monteiro “Tim” para treinar e aprender inglês na academia que ele era sócio em San Antonio, nos Estados Unidos. Eu fui promovido à faixa-roxa pelo mestre Toco para viajar, e assim começar os treinamentos de Jiu-Jitsu e do idioma. Fui meio no escuro e fiquei realmente muito impressionado com a paixão, dedicação dos americanos pelo Jiu-Jitsu e pelo respeito que eles tiveram comigo. Com isso, comecei a ter prazer em lecionar a arte que tanto me ajudou e gosto de praticar, e ainda sim viver disso, é maravilhoso.
Quais são suas técnicas favoritas?
Gosto de trabalhar na guarda fechada e fazer algumas variações de chave de braço, omoplata, triângulo, é um truque que aprendi com mestre Mauro Ayres. Mas hoje em dia está difícil até de fechar a guarda (risos).
Confira no vídeo abaixo a aula do professor Leandro Nascimento:
Ver essa foto no Instagram