Depois da primeira temporada de judô com competições valendo pontos no ranking mundial e premiação em dinheiro, os 16 atletas mais bem classificados em cada uma das 14 categorias de peso olímpicas vão estar frente a frente no Masters da Coreia, em Suwon, nos dias 16 e 17 de janeiro.
O torneio, que oferece US$ 200 mil em prêmios, além de 400 pontos ao vencedor no ranking mundial, terá a participação de três brasileiros: Rafaela Silva (57kg), Leonardo Leite (100kg) e Daniel Hernandes (+100kg). O árbitro Edison Minakawa, considerado o melhor do mundo pela Federação Internacional de Judô, também acompanha a delegação.
O país teve direito a dez vagas, mas devido a lesão e/ou periodização de treinamento, elas não foram todas preenchidas. “Entendemos a necessidade de cada atleta neste momento. Os próximos anos até Londres-2012 serão duríssimos e agora, que ainda não vale pontos para a classificação olímpica, é a hora de botar o corpo em ordem para aguentar a maratona de competições”, disse o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, que escalou o técnico Geraldo Bernardes para acompanhar o trio.
Leonardo Leite, 17º na categoria até 100kg, foi beneficiado pela desistência de outros atletas e qualificou-se entre os 16 para o Masters.
“Não tive férias depois do Grand Slam do Japão, no fim de dezembro. Intensifiquei os treinos físicos e desde o dia 4 estou dando atenção à parte técnica. Vai ser uma competição muito dura. Nem é preciso ver a chave para saber que só vai ter pedreira pela frente”, comenta o carioca Leonardo Leite. “Adoro competir, ainda mais sabendo que só vão estar os melhores. Para ajudar, só seria bom levar uns 25 graus do Rio para Suwon”, brinca o meio-pesado, referindo-se à previsão do tempo para a região coreana, na casa dos 12 graus negativos.
A CBJ divulgou o balanço de medalhas internacionais em 2009: foram 226, conquistadas em competições sul-americanas, pan-americanas e mundiais. Foram 131 ouros, 48 pratas e 47 bronzes. Só Sarah Menezes, 19 anos, eleita melhor atleta olímpica de 2009 pelo Comitê Olímpico Brasileiro, pendurou no pescoço nove medalhas, sendo duas de ouro.
“A equipe principal teve um ano de resultados bastante expressivos. Só ficamos nos devendo uma melhor sorte no Mundial da Holanda, mas espero recuperar as medalhas este ano, no Japão”, disse o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira.