Professor da Gracie Barra Birmingham, Braulio Estima foi o primeiro a chegar e será o último a sair de Abu Dhabi.
A chegada foi programada: ele estava seco para ver o UFC 112, realizado no dia 10 de abril. A saída, nem tanto: “Está todo mundo aqui encalhado por causa do vulcão na Islândia, inclusive eu. Infelizmente hoje é o primeiro aniversário do Julian e estarei aqui, tou tristão”.
Mas o moleque é esperto e vai entender. Enquanto Julian Estima assopra a velinha, o paizão, vice-campeão peso e absoluto em Abu Dhabi e protagonista de algumas das melhores lutas do World Pro, se ocupa como pode, e não reclama nem um pouco da recepção de seus anfitriões.
“Agora estou aqui treinando para a minha estreia no MMA, todos eu dia eu treino com o xeque Tahnoon. Mudei os planos também, em vez de passar em casa na Inglaterra sigo direto para Nova York no dia 5, onde vou treinar com Roger lá no Renzo”, resume o Carcará.
Perguntamos então sobre as medalhas de prata no World Pro. Afinal, o resultado foi excelente para quem não vinha treinando de kimono, certo, mas não era o que Estima queria.
“Já consegui esquecer a parte que me tirou a concentração e me deixou fora de sintonia no campeonato. Refiro-me ao erro brusco da arbiragem na final até 83kg (No finzinho, uma raspagem foi dada para Calasans, empatando a luta e dando a vitória ao casca-grossa da Atos por uma vantagem)”, ele conta, para depois espantar as mágoas.
“Mas tirando isso o campeonato foi demais, consegui fazer o que planejei: dar um show, aplicar finalizações diferentes e mostrar muita movimentação, indo sempre pra frente. Eu estava me divertindo até a final do peso, quando ocorreu aquele lance… Mas nada acontece por acaso, era o dia do Calasans e estou feliz porque ele treinou muito mais que eu pra essa competição”, exalta.
“E agora foco no Rick Hawn, no Shine. Depois é o Mundial”, despede-se. Deve ser hora de mais um treininho de uma hora no palácio.