Ex-campeão peso-galo do Shooto Brasil, Luan Lacerda (12v-1d) estreará no Ultimate no UFC 283, a ser disputado no Rio de Janeiro, no dia 21 de janeiro. O amapaense de 29 anos terá pela frente o americano Cody Stamann, em luta do card preliminar. Especialista no wrestling, Stamann vive fase delicada na organização, já que venceu apenas um de seus últimos quatro combates.
Por outro lado, o momento de Luan Lacerda é arrebatador. O atleta da Nova União está invicto desde agosto de 2014 e soma dez vitórias seguidas. Em sua aparição mais recente no octógono, Luan finalizou Marciley Alvis no mata-leão no LFA 132, disputado no Rio de Janeiro.
Faixa-preta de Jiu-Jitsu de alto nível e dono de dez vitórias por finalização na carreira, Luan Lacerda confia na arte suave para superar o americano.
Em bate-papo com a equipe do GRACIEMAG.com, Luan contou como se apaixonou pelo Jiu-Jitsu e compartilhou a importância do mestre Dedé Pederneiras em sua formação como lutador.
GRACIEMAG: O que essa estreia no UFC representa para você?
LUAN LACERDA: Meu objetivo é alcançar o topo. O UFC é a nata da luta, é onde todo lutador sonha estar. É o ambiente o qual o melhor domina os melhores, e eu estou lá para isso.
Qual é o diferencial do seu jogo em relação ao seu adversário?
O Jiu-Jitsu e o meu jeito de lutar são os meus diferenciais. Ele vai sucumbir diante de mim. Adaptei meu Jiu-Jitsu para o MMA ao finalizar os lutadores que pretendiam me derrotar. Eu não ligo para socos nem para a dor. O esporte me moldou assim
Quando você teve seu primeiro contato com o Jiu-Jitsu?
Quando eu tinha 11 anos de idade, fui assistir a um evento de vale-tudo com meu pai, porque me animei com a propaganda do evento que vi na televisão, então pedi pra ele me levar. Numa das lutas, um lutador finalizou o adversário no armlock e, instantaneamente, fiquei curioso para saber como aplicar esse golpe. Foi nessa ocasião que pedi para o meu pai me colocar no Jiu-Jitsu. Por coincidência, um dos mais conceituados mestres de Jiu-Jitsu do Norte, o Frankiko Lima, frequentava a lanchonete do meu pai, e morava na mesma rua da nossa casa. Então comecei a treinar, me dediquei, evoluí e venci muitos campeonatos no Norte, da faixa-laranja à preta. Aos 19 anos, estreei no MMA e venci com o mesmo armlock que despertou minha curiosidade no esporte. Agora estou prestes a estrear no UFC.
Qual é a importância do Dedé Pederneiras na sua formação como lutador?
Eu não estaria no UFC sem a presença do Dedé na minha vida. Ele forma campeões para o UFC e para a vida. Ele é meu maior exemplo de homem, caráter, família, faixa-preta e negócios.