Luiza Monteiro vem se destacando nas competições da arte suave e tem uma queda a mais pelos eventos sem kimono. Campeão mundial no-gi na faixa-roxa, em 2009, repetiu o feito no ano passado, já contra adversárias da faixa-preta. Conheça um pouco mais dessa carioca radicada em Santos, que promete dar trabalho nesta temporada, neste bate-papo com o GRACIEMAG.com:
Como foi parar em Santos, já que você é carioca?
Estava em São Paulo desde 2009, treinava com o Leozinho Vieira. Passei um tempo nos EUA com o Lucas Leite e o Rodrigo Cavaca fez uma grande proposta para treinarmos com ele. Hoje moro em Santos com atletas como a Michelle Nicolini.
Quais os objetivos para esta temporada?
Vou lutar a Seletiva de Gramado para o World Pro e com certeza vou para o Pan e Mundial de Jiu-Jitsu. Também quero lutar a seletiva do ADCC. Mas darei grande foco ao Brasileiro e Mundial sem Kimono, porque gosto muito desse tipo de competição. Esses eventos estão entre os meus maiores objetivos. Fui campeã mundial ainda na faixa-marrom, lutando contra faixas-pretas. Agora quero esse bicampeonato trajando a faixa-preta!
Quais devem ser as grandes pedreiras no seu caminho?
Lutei com a Penny Thomas duas vezes. Perdi dela com kimono e ganhei sem. A Hannete Staack está voltando este ano e ela é dor de cabeça para qualquer atleta da categoria médio, uma grande campeã.
Planeja algo diferente para se destacar na faixa-preta?
Não vou fazer nada diferente. Vou evoluindo a cada treino e, graças a Deus, tenho a Michelle (Nicolini) para treinar, que é uma grande lutadora. Além disso, conto sempre com a ajuda do Lucas Leite e do Cavaca, que me corrigem. Sinto que estou sempre evoluindo. Antes estava subindo no pódio em segundo, terceiro e agora estou ganhando. Vou tentar impor o meu jogo e ver no que dá. Estou focando na preparação física e a técnica vamos ajeitando.
Como vê o cenário do Jiu-Jitsu feminino atualmente?
O Jiu-Jitsu feminino evoluiu muito e a dificuldade que tínhamos há alguns anos já diminuiu bastante. Temos lutadoras como a Nicolini, a Gabi Garcia e a Luanna Alzuguir que estão fazendo muito bonito. O Jiu-Jitsu feminino é pura técnica, é bonito de se ver. Ainda precisamos de um pouco mais de destaque e premiações melhores, mas não vejo nossa categoria estagnada. Acho que está crescendo bastante.