Maldonado não pensa em cinturão, mas “adoraria encarar Rampage”

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Fotos: Josh Hedges

Depois de fechar com o UFC de uma hora para outra e nem ter muito tempo para se preparar para a estreia, Fabio Maldonado colhe os louros da vitória. O triunfo foi no Ultimate 120, no último sábado, na Inglaterra, contra James McSweeney.

“Agora vou dar uma descansada, ir para um hotel fazenda e tomar uma breja! O UFC já abriu muitas portas, estou com várias propostas e aproveitarei para resolver isso. Mas, semana que vem, já volto a treinar no ritmo forte!”, comenta Maldonado.

Depois do nocaute na noite de debute, em conversa com o GRACIEMAG.com, o lutador analisa o que tem que evoluir, comenta a espinhosa categoria de meio-pesados e não esconde o sonho de encarar Quinton Jackcson.

Confira:

Você deixou escapar algumas finalizações na luta. Como espera melhorar isso?

Na verdade, o McSweeney pediu para parar na chave americana, mas o juiz não ouviu e ele continuou. Também poderia ter pego no mata-leão, mas deixei escapar. O que eu mais treinei foi o chão, mas fiquei muito nervoso na luta. Tenho que trabalhar alguns ajustes, claro, e o meu wrestling também. Mas não acho que fui tão mal no chão. Apesar de perder algumas posições, poderia ter sido finalizado, ou algo assim, e isso não aconteceu. Apesar de escapar a finalização, meti a mão no chão. Tenho muito o que melhorar no Jiu-Jitsu e em pé também. Vou continuar fazendo posições, porque antes eu só rolava. Agora tenho trabalhado muito essa parte de posição com o Thiago Tavares, lá na Ataque Duplo.

Quero bater e, realmente, abalar” Maldonado

Sua especialidade é o boxe. Você sente que no UFC apenas isso não basta?

Esse negócio de ser completo é difícil. Todo mundo fala isso. No meu caso, tenho que compensar na mão. Lógico que temos que tentar melhorar em tudo. Tenho ido bem nos treinos de wrestling e rolado bem com os faixas-pretas. Mas, treino é uma coisa e luta é outra. Li numa entrevista do Babalu ele ressaltar a importância de competir. Quando está valendo algo, o jogo fica mais duro, não existe aliviar em nada. Já o meu chute, por exemplo, é uma lástima. Tenho que melhorar em tudo, mas também tenho que deixar a minha mão melhor. Quero bater e, realmente, abalar.

Na sua categoria no UFC, quais são os seus lutadores favoritos?

Rapaz, essa categoria (meio-pesado) é a mais complicada e os últimos campeões, tirante o Lyoto, não conseguiram manter o cinturão em nenhuma defesa. São lutadores de nível excelente e seria até demagogia da minha parte falar em cinturão agora. Apesar de não ter se apresentado bem nas duas últimas lutas, gosto muito do Minotouro. O Shogun talvez seja o maior de todos os tempos neste peso. Também tem o Jon Jones, Chuck Liddell, Thiago Silva, Banha, Rashad Evans, Quinton Jackson… Tem muita gente boa.

E qual desses gostaria de enfrentar?

Nossa, acho o Quinton Jackson muito bom e adoraria enfrentá-lo. Seria uma luta muito legal, né cara?  Acho que ele tem o wrestling melhor que o meu, mas o meu Jiu-Jitsu e boxe são superiores ao dele. Ia ser muito legal! No meu peso só não enfrentaria o Minotouro, prefiro estar fora do UFC a lutar com ele.

Como analisa a sua estreia?

Estava muito nervoso, com medo de me cansar e fazer feio. Já tinha na minha cabeça ter que segurar o castigo no início. Ele se movimentou, chutou as minhas pernas, deu joelhada na minha cabeça… Mas fui engolindo ele até que chegou a minha hora. Tive que baixar de peso em pouco tempo. Estava com 106kg e desci para 92kg em 19 dias. Não vou dar mais bobeira não.

E o fato de o McSweeney pedir para parar e continuar lutando? O que achou disso?

Acho que foi incompetência minha. Ele falou duas vezes ‘stop’ e acabei perdendo o golpe. Na verdade, ele conseguiu escapar do encaixe, e acho que nem precisava ter pedido para parar se tivesse tido um pouco mais de paciência. Segui normalmente e chamei ele para lutar em pé. Disse ‘vamos resolver essa parada em pé’.

Gostaria de dizer que estou muito feliz por estar no UFC e agradecer ao Rodrigo Minotauro e Alex Davis, sem eles não estaria lá. Também não posso esquecer do Sr. Pepe, de Santos, e do Thiago Tavares, que me ajudaram muito.

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