Lutador mais jovem a se tornar campeão mundial na faixa-preta, Mica Galvão se manifestou em suas redes sociais para defender a valorização do Jiu-Jitsu tradicional. O manauara de 19 anos afirmou que recebeu duas propostas para lutar grappling nos EUA, mas optou por aguardar um atleta de elite para um desafio com kimono. Ele explicou:
“Fui convidado a participar do evento Tezos WNO: Ryan x Pena II, mas recusei, apesar da boa bolsa para subir e lutar”, publicou Mica. “Recusei e fui convidado a participar do evento de abril, mas recusei novamente. O motivo é simples: quero lutar de kimono nas regras do WNO contra um top da minha categoria, mas a produção acha que lutas de kimono não vendem”, compartilhou o faixa-preta.
Mica declarou que foi convidado a participar da edição de maio do WNO e quer usar seu alcance midiático para alavancar o interesse popular pelas lutas com kimono.
“Em maio, vai ter outra edição do WNO e o card ainda não está definido. Já disse que quero lutar, mas de kimono. Como o atleta de maior alcance da nova geração, me sinto na responsabilidade de não deixar a tradição morrer, nem ser desvalorizada e tratada como segunda divisão. Poderia ir lá e facilmente ganhar meu dinheiro, mas me pus nessa responsabilidade”, reforçou o campeão.
O jovem craque reiterou que o principal empecilho para o desinteresse nas lutas de Jiu-Jitsu em relação ao grappling está na regra para os combates com kimono.
“Não acho que o problema esteja no kimono, mas nas regras que, às vezes, deixam as lutas chatas demais de assistir. Preguiça contra Gordon, com certeza, vai ser irado, mas será que não existem lutas de kimono que consigam atrair o público desse jeito?”, questionou Mica Galvão.
Com a palavra, o público, os dirigentes e os treinadores. Oss!
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